"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

domingo, 19 de maio de 2013

Dias 18 e 19 - Back in Town

Acordamos em Zanzibar no penúltimo dia de viagem. Ainda deu tempo para uma caminhada pela praça Forodhani, ver a movimentação nas docas e alguns dhow (barcos a vela) já no mar. O calor já estava grande, mas com nuvens escuras no horizonte!
Fomos para o aeroporto por volta da 8:30 e na chegada desabou um mega temporal! Chuva rápida e lá pelas 10 horas embarcamos num ATR 72 da Precision Air, avião grande para a atual conjuntura, com 68 lugares. E o voo foi tranquilo, em apenas 15 minutos estávamos na antiga capital da Tanzânia, Dar es Salaam. Praticamente um voo panorâmico no Oceano Índico. E por falar nele, meu oceano preferido, sempre vale uma visita. Esta foi a minha segunda oportunidade no melhor oceano do mundo e espero que ainda tenham muitas outras!
Em Dar es Salaam não chegamos a sair do aeroporto, passamos por umas 5 verificações de bagagem e passaporte e seguimos o nosso rumo para o sul! Depois de 3 horas chegamos na friaca de Johanesburg. Como já estava anoitecendo, apenas fomos jantar na Nelson Mandela Square e voltamos para o hotel. Hoje acordamos cedo e continuamos a viagem até São Paulo e Porto Alegre!
De tudo que vimos na África, acho que o mais legal foi a simpatia do povo, isso em todos os países que visitamos. Com raríssimas exceções, todos estavam dispostos a te ajudar e muitas vezes queriam apenas cumprimentar e saber como estávamos! Apesar de todos os lugares serem turísticos e não termos conhecido de verdade nenhuma capital (ou ficamos no carro ou aeroporto), acredito que, pelo menos estes países da África, estão preparados para receber turistas! Em nenhum momento nos sentimos ameaçados ou inseguros, muito antes pelo contrário, mesmo com a minha cara de mongolão europeu! Na real, acho que o nosso maior medo foi em atravessar a rua, pois em todos os países a mão é inglesa e tem que ficar ligado para não tomar um buzinaço nos ouvidos!
Idioma? Menos problema ainda! Quase todo mundo fala inglês ou tenta pelo menos! Certamente é mais fácil se comunicar em inglês no interior da Zâmbia do que no Brasil!


E a malária? Ela não atrapalhou a viagem, apesar da neura de colocar repelente a todo o momento e não termos ido a vila do Rio do Mosquito no Lake Manyara! Mas com todas as pessoas que falamos, com excessão da Namíbia que segundo eles está livre da malária, ouvimos para nos cuidar! Mesmo olhando os nativos de bermuda e as crianças nas ruas brincando normalmente! Segundo o Enoq, nosso motora e guia na Tanzânia, a malária é uma "killer machine in Africa"! Ele mesmo já teve mais de 20 vezes e há 2 meses tinha tido novamente! Entretanto, segundo ele, a coisa tem melhorado, mosqueteiros são distribuídos (apesar de alguns usarem para pescar) e os remédios para a cura estão mais fáceis de adquirir, na maioria das vezes de graça! Prevenção? Só o repelente mesmo!
O Pablo, que encontramos em Zanzibar, tomou remédio por um tempo quando estava em Uganda e nunca teve nada! Já uma colega dele também estava tomando o remédio e mesmo assim pegou malária! Foram 3 semanas de tratamento!
Se algum mosquito nos picou? Com certeza, impossível não ser picado por mosquito em 20 dias na África! Agora estamos em quarentena e torcer para que esses mosquitos sejam os mesmos que tem no Cassinero!
Viajar pela África não é barato, na realidade, podemos considerar que é caro! O continente carece de muita infraestrutura e dinheiro para investir em coisas básicas! Vale ressaltar que no planejamento da viagem não tentamos buscar uma alternativa mais barata, como um albergue invés de hotel, um ônibus local invés de uma van ou um trecho de ônibus invés de voo! O pouco tempo de férias e as experiências das outras viagens nos fez ser um pouco cagão na África, mas com certeza existem alternativas mais econômicas.
Com isso tudo, mais uma viagem chegou ao fim. Em 19 dias foram 18 voos, 8 companhias aéreas (várias bem guerreiras), 14 aviões, 7 países, 11 cidades, 17 aeroportos, 5 noites barracas, 4 em Lodge, 9 em hotéis, 4 das 7 maravilhas naturais da África (Kilimanjaro, Migração do Serengeti, Ngorongoro e Okavango Delta), uma das 7 maravilhas naturais do mundo (Victoria Falls), mais de 1.200 fotos, muitos km de estrada de terra e 1 pneu furado!

E o recado final é: Venham para África! Sem medo e com repelente!

Abraços,
Leonardo

Música dos dias: "Guess who just got back today? Them wild-eyed boys that had been away" - The boys are back in town - Thin Lizzy

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dia 17 - Stone Town

Hoje o dia começou mais cedo ainda, 5:30 perdi o sono e fiquei acompanhando um jogo ruim de futebol pela internet! Dia amanheceu nublado em Jambiami! Café da manhã olhando para a maré que subia! E antes das 8 partimos rumo a Stone Town! Cruzamos a ilha em cerca de uma hora e fomos direto para o Al Johari, em um dos becos de Stone Town!
Largamos as mochilas e saímos a caminhar! Zanzibar é muito diferente de tudo que eu tenha visitado! A mistura dos becos estreitos, as mulheres negras tapadas com lenço coloridos, mistura árabe e européia na arquitetura e as frutas e especiarias em todas as esquinas faz com que qualquer um se apaixone por esta ilha!
Caminhamos por quase 3 horas num baita calor húmido onde vimos um velório muçulmano com umas 50 mulheres (mas não deixaram fotografar direito), nos perdemos no Darajani Bazaar, passamos pelo Old Fort, além de se embolar com as pessoas nas ruazinhas! Tinha muita gente nas ruas!





Por volta da uma da tarde teve uma virada de tempo e caiu a primeira chuva da viagem! Por sorte estávamos almoçando, mas em seguida passou e o dia ficou nublado e menos quente! Voltamos a caminhada e, conforme eu tinha combinado, encontramos o Pablo Mattos, cidadão honorário de Big River que está morando há cerca de um mês em Zanzibar! Uma cerveja na beira do Índico e fomos caminhando e conversando sobre as andanças do Pablo nos últimos anos, como o mestrado que eles está terminando, onde ele passou 9 meses trabalhando em Uganda, sendo 3 em um campo com refugiados do Congo, Rwanda e Sudão!
Ainda visitamos a Catedral Anglicana que foi construída no final do século XIX num antigo mercado de escravos! Podemos visitar o local onde os escravos ficavam antes de serem negociados! Um horror!
Nos despedimos do Pablo por voltas das 5 horas e seguimos bandeando por Stone Town até anoitecer!



Amanhã iniciamos o retorno a Pátria amada, com uma parada em Dar es Salaam e dormimos em Johanesburg!

Abraços,
Leonardo

Cerva do dia: Kilimanjaro Lager



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dia 16 - PQP, que mar!

Hoje o dia começou bem cedo! 6:20 já estava sentado na praia observando o sol nascer na costa leste de Zanzibar! Maré alta batendo nas pedras de contenção do hotel! A segunda foto foi batida por volta da uma da tarde com o mar lá embaixo!



Por volta das 10 horas partimos numa jangada zanzibariana rumo ao horizonte! Há cerca de 5 km da praia tem uma barreira de recifes e altas ondas. Velejamos cerca de 25 min. até próximo desses recifes! O bom é que tudo que é barco que eu entro começa a fazer água, e não deu outra! No primeiro sopro de vento água entrando na jangada! Neste momento, o comandante Zepi, conhecido nas redondezas por El Gordo, solicitou num suahile claro que o marujo com a camisa do Chelsea tomasse providências! Meu guri pegou uns pedaços de pano e com uma chave de fenda e martelo começou a tapar os buracos! Thirras e eu pensamos: "Nem fudendo esse paninho vai resolver!" Pensamos errado! Em 10 minutos tudo resolvido e a jangada em velocidade de cruzeiro! Para melhorar a flutuação, o Marujo do Chelsea comecou a tirar a água de dentro a balde! Apenas 12 baldeadas! Tudo sob controle!
Máscara, snorkel e pé de pato e lá fomos nós mergulhar! Na real não tinha muitos peixes, apenas uns pequenos coloridos, corais e ouriços! Mas valeu a pena a aventura!


Quase uma da tarde retornamos para a praia, a maré já estava baixa e várias mulheres estavam coletando algas! Mesmo reclamando, fizemos muitas fotos apesar do sol forte! Descobrimos que usam as algas para fazer perfume, sabonete, shampoo e exportam para o Oriente, principalmente China e Japão! O legal é que eles fazem umas fazendas de plantação de algas, tudo cercado com umas estacas, mas somente se vê quando a maré baixa! Óbvio!





Almoço tranquilo e em seguida avistamos que um futebolzinho estava rolando numa outra parte da praia! Chegamos lá e vimos que era uma espécie de recreio do colégio! Enquanto os galos jogavam um futebol pegado de 15 para cada lado, mas com juíz de apito e tudo, as galas, fardadas como na foto abaixo, catavam algas e fofocavam! Praticamente um paraíso para a fotografia! Só hoje bati mais de 200 fotos! Thirras 500!



Assim foi passando o dia, até que resolvemos sair do hotel para dar uma volta na vila! A vila ou bairro ou praia de Jambiami é diferente, para não dizer muito pobre! Muitas casas destruídas, muitas crianças, tantos as gurias, como as mulheres com veú, alguns pretos e outros coloridos e algumas burcas! Mas o mais bala de tudo é que estava rolando o "Jambianão"! Isso mesmo, campeonatinho de futebol no campo de terra com grama nas pontas da vila! O jogo de hoje era o time de vermelho, que ganhou obviamente, contra uma espécie de Newel's Old Boys de Zanzibar! O gol do time vermelho foi um frango do goleiro mão de alface! Na real, eu nunca vi goleiro africano bom, não seria na Tanzânia! Tinha umas 400 pessoas assistindo, homens na sua totalidade! E também um doente com uma vavuzela, enchendo o saco! Ahhhh.....esse jogo também tinha juíz e que marcou uns 10 impedimentos no tempo que vimos do jogo, isso que não tinha banderinha! Não preciso dizer que o jogo era muito pegado, carniceria total! Basta ver a cara do centroavante de preto na foto abaixo! Eles ficou assim depois de tentar cavar um pênalti e o juíz gritou num bom suahile: "ifuatavyo mchezo"!! Segue o jogo!! E o melhor de tudo é que toda essa batalha é por uma Cabra! Esse é o prêmio para o time campeão!


Amanhã vamos para Stone Town, conhecer a parte histórica da ilha e encontrar mais um riogandino que mora em terras africanas!

Abraços,
Leonardo

Música do dia: Jambo Bwana - Safari Sound Band (http://www.youtube.com/watch?v=kBwp9k0i-3I)

Cerva do dia: Ndovu Special Malt



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dia 15 - De Caravan para Zanzibar

Acordamos ao nascer do sol e partimos para o antigo sultanato de Zanzibar! Enoq nos pegou no Lodge e, desbravando o Serengeti, nos deixou 1:30 depois na Seronera Air Strip! Air Strip, eu aprendi nessa viagem, é um mini aeroporto com pista de terra! Isso aí amigos, pistinha de terra! Seria algo como jogar tênis na quadra dura (pista de asfalto) e no saibro! Para tranqüilizar a gurizada, piloto se apresentou com um inglês latino! Opa! Chamava-se Miguel Nadal de Madrid! Ufa! Agora não tem erro!
Embarcamos rumo a Arusha pela Coastal, the flying safari company! Que beleza! O avião um Caravan 1 da Cessna de 12 lugares, semelhante a uma Caravan branca que meu avô Miguel Ramos tinha nos anos 80! A diferença boa era que essa de agora voa! Menos mal!
Thirras e eu sentamos na primeira fila, na frente do piloto que estava sem co-piloto! Mal levantou voo e uma girafa estava cruzando a pista! Ufa de novo! O céu estava de brigadeiro, dava para ver algumas vilas Maasai, grupos de gnus já migrando, mas quando passamos pela cratera de Ngorongoro apareceram algumas nuvens! Em cerca de 35 min. pousamos na pista de terra do Lake Manyara! E essa não podia errar, pois fica em uma montanha e o fim da pista é um precipício! Mas estávamos com o rei do saibro no cockpit e foi tranquilo!


Um casal entrou a bordo e decolamos para mais 25 min. até Arusha! A única diferença foi que um indiano, passageiro sem uma perna e que ía com a esposa e 2 filhos, sentou na cadeira do co-piloto! A dupla Espanha e Índia no cockpit também nos deixou seguro, algo como Emílio Sanchez e Leander Paes (duplistas famosos, respectivamente da Espanha e da Índia)!
Em Arusha trocamos de Caravan, mesmo modelo, só que agora mais antiga, velha representante da era analógica! O piloto mudou, sem pistas de terra pela frente, pegamos um piloto negro local, velho conhecedor dos ares!
Decolamos às 12:15 com destino a Tanga, cidade na costa do país, ainda no continente! Em seguida a esquerda o galo Kilimanjaro deu as caras!
Depois de rápida escala, partimos para Zanzibar cruzando o Oceano Índico!


Pousamos por volta das 2:30 da tarde em Zanzibar! O driver Mohamed, mas também conhecido por Muri, estava aguardando por nós. A primeira impressão foi bem legal, há muitas palmeiras, grande influência muçulmana na arquitetura e muitas mulheres de preto e véu, mas negras, não daquela cor mais tradicional dos povos do Oriente Médio!
Nosso hotel fica na praia de Jambiani, na parte leste da ilha e como o aeroporto e Stone Town (parte velha de Zanzibar City) ficam no oeste, demoramos um pouco mais de uma hora para chegar!
O hotel é simples, mas a 4 passos da praia, então foi largar as coisas no quarto e mergulhar no mar de água mineral do Índico!
O resto da tarde foi curtir a praia, fritas e cervejinha! A maré começou a subir por volta das 5 da tarde e deve subir quase 3 metros até a meia noite! Pelo jeito é bem normal esse vai e vem da maré por aqui, pois em vários lugares tem o papel com os horários de maré alta e baixa!


Para encerrar ao anoitecer umas nuvens fortes se apresentaram no horizonte! Agora é curtir o barulho do mar na janela e se preparar para um dia de praia!



Amanhã das 7 da manhã até às 6 da tarde, ninguém me tira do Oceano Índico! Mergulho e fotos das mulheres catando algas na maré baixa!

Abraços,
Leonardo

Zanzibar facts: é um paraíso localizado no nordeste da Tanzânia. Em persa significa Costa dos Negros. O arquipélago do Oceano Índico possui duas grandes ilhas, Unguja (a principal) e Pemba. Na terra do Freddy Mercury (isso mesmo, ele nasceu por aqui com o nome de Farrokh Bulsara), os portugueses chegaram por volta de 1498 e não foram bem recebidos pelos Árabes. A batalha foi até 1631 quando o Sultão de Mombasa massacrou os galos. Zanzibar continuou um sultanato até o final do século 19, quando os ingleses tomaram conta e ficaram no poder até 1963, quando obteve sua independência. Aqui os cerca de 1 milhão de habitantes, sendo eles muçulmanos e cristãos, vivem cordialmente! Belo exemplo!

Música do dia: "Don't worry about a thing..." - Three little birds - Bob Marley

Cerva do dia: Serengeti Lager

terça-feira, 14 de maio de 2013

Dia 14 - Serengeti

Hoje foi mais um dia dedicado a vida selvagem! Ficamos das 7:30 até às 13 horas desbravando o Serengeti! Como estamos no final dos meses de chuva (chove mais de fevereiro até maio), a grama está muito alta, o que prejudica a gurizada encontrar os bichos, principalmente os leões e leopardos! Mas vimos crocodilos, hipopótamos, elefantes, girafas com "seu balançado que é mais que um poema", macacos, gnus, entre outros! E finalizamos a manhã com o leopardo em cima de uma árvore relaxando! Com ele, fechamos os Big Five! Muito bom!
Voltamos para o hotel, almoçamos e decidimos ficar o resto da tarde no sol e olhando a vista da planície do Serengeti que temos no hotel! Com exceção do Fábio que no final da tarde se aventurou no último Safari, onde viu uns leões e foi atacado por mosquinhas assassinas da Tanzânia! Mas ele venceu as moscas, sem nenhuma picada!
E já foi o suficiente de fotos de animais!





Amanhã cedo partimos para o antigo sultanato de Zanzibar! As férias irão começar!

Abraços,
Leonardo

- Serengeti facts: é um ecosistema que se localiza no norte da Tanzânia e se estende até o sudoeste do Quênia, onde troca de nome e passa a se chamar Maasai Mara. Em Serengeti, que significa em Maasai "planícies intermináveis", é que ocorre a maior migração de animais do planeta, que o faz tornar, também, uma das 7 Maravilhas Naturais da África. Aqui fica a maior população de leões do mundo e cerca de 70 grandes mamíferos.

Música do dia: "ohh sweet smell of success" - Handle with care - Traveling Wilburys

Cerva do dia: Safari Lager

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dias 12 e 13 - Lake Manyara e Ngorongoro

E lá começa a batalha! Saímos por volta das 8 horas de Amboseli rumo a Tanzânia! Galo Kilimanjaro estava tímido atrás das nuvens. Foram quase 1:30 de estrada de terra até Namanga, cidade na fronteira do Quênia com a Tanzânia, passando perto do Parque Tsavo!
Cruzando para a Tanzânia fizemos uma troca de carro, nosso muçulmano Juma se despediu e uma nova Land Cruiser, cinza, estava a nossa espera. Agora com o motora e guia Enoq!
Passaportes carimbados e seguimos para Arusha (cidade hub da diplomacia mundial, sede do julgamento do massacre de Rwanda), só que agora com estrada asfaltadinha, dava gosto de andar! Volta e meia aparecia o Kilimanjaro a nossa esquerda e também uma galera de facão na mão cortando a grana. Pensei eu, espero que um desses caras não se rebele com o mundo e venha de facão pra cima da gente. A relação facão e África é no mínimo interessante, para não dizer perigosa.
Maasais com seus trajes, cabritos e burros carregando água também entreteram nosso percurso de 100km para Arusha! Ao chegarmos na redondeza nosso galo Enoq perguntou se queríamos entrar em Arusha, pois caso negativo teríamos mais tempo no Lake Manyara, o tal lago que Ernest Hemingway disse que era o "loviest lake in Africa"! E nós abobados, dissemos que não queríamos entrar e que podia tocar bala! Aí foram mais 1:30 até o Lago, com uma boa parte do trecho em estrada de terra, devido a uma obra na estrada! Engraçado é que aqui na África eles colocam quebra mola em estrada de terra que não tem como passar de 40 km/h! Que beleza!
Quase duas da tarde chegamos no vilarejo na beira do lago, chamado Mto Wa Mbu, que no bom português do Pasquali significa Rio do Mosquito! Quando o Enoq nos apresentou a tradução foi um pensamento coletivo: "Fudeu!!" Tensão total dentro do Land Cruiser! Mais tenso ficou quando chegamos no parque do lago e o galo Enoq se deu conta que chupou um drops e não estava programado entrarmos no parque, e sim, conhecer Arusha! Chupada de bala quíntupla, mas paciência, faz de conta que Arusha não é nada demais! Ainda comemos nosso almoço na beira da estrada com vista para o lago e não nos restou se não ir para o nosso Lodge que fica 6 km pra dentro de um morro! Sem internet, sem tv, barraquinha pseudo luxo e mosquitinhos a bangu! Pelo menos, estamos no morro e o Rio do Mosquito está lá embaixo! Nem pensar descer no Rio do Mosquito! A mãe não deixa! ;)
O resto da tarde ficamos tomando cerveja, escutando Pink Floyd e olhando o lago! De repente, quem sabe, sai um monstro dele!


Acordamos cedo em nossa barraca e partimos rumo a Ngorongoro! Foi uma hora em uma estrada de terra em boas condições até a entrada do parque! Ao pararmos na entrada, já deu para sentir a mudança de clima. Estávamos a 2 mil metros de altitude e a friaca pegando! Ao passarmos o portão, já demos de cara com uma penca de babuínos! Mais uns 20 minutos e chegamos na cratera de Ngorongoro! De arrepiar o galo! Ngorongoro é a maior cratera de vulcão inativo do mundo e considerado uma das 7 maravilhas naturais da África. A cratera foi formada por um grande vulcão que explodiu há cerca de 2 ou 3 milhões de anos e tem 260 km2 de área e 610 m de profundidade. A estimativa feita pelos universitários é que o vulcão tinha entre 4.500 e 5.800 m de altura.
Fizemos umas fotos do mirante e subimos mais um pouco (até cerca de 3 mil metros) e descemos para entrar na cratera. Ngorongoro é conhecida como uma Arca de Nóe, pois tem um monte de animais que vivem dentro da cratera e dizem que a conjunção do clima, pasto e outras coisas fazem o  lugar especial! Bandiamos de Land Cruiser por dentro da cratera por umas 3 horas e vimos: búfalos, elefantes, muitas zebras e hipopótamos, flamingos, rinocerontes e até um leão! Finalmente o Simba apareceu! Vimos de longe, mas valeu! Com isso chegamos ao Big Four (leão, rinoceronte, búfalo e elefante), faltando apenas o leopardo!
Finalizamos a visita a Área de Conservação de Ngorongoro com um piquenique na beira de um lago atrolhado de hipopótamos! Muita elegância!






Por volta das duas da tarde abandonamos Ngorongoro em direção a Serengeti! Aí sim pegamos uma estrada ruim! Estrada de terra com muita pedra e tivemos que parar duas vezes para ver se não tinha furado o pneu. Velocidade máxima 50 km/h! Descemos a montanha, passamos por algumas vilas Maasais até entrarmos no Parque Nacional do Serengeti lá pelas 5 horas! Já na entrada nos deparamos com a Gnuzada toda! A partir do mês de maio os Gnus (bicho preto, guampudo, parecido com um cavalo e feio que dói) se concentram em uma área do Serengeti para migrar para uma região que já choveu e o pasto está crescidinho, normalmente Massai Mara ou uma região no oeste do país! E essa área é bem perto da entrada do parque e sem sacanagem, deviam ter uns 2 milhões de Gnus e zebras aglomerados! Parecia montagem ou aquelas cenas de filmes antigos com exércitos enormes! Como já estava no final da tarde, a luz não ajudou muito, mas as fotos abaixo tentam mostrar.
Ainda demoramos mais uma hora e meia para chegar no Sopa Lodge, onde estamos hospedados!



Amanhã cedo desbravaremos Serengeti em busca do Big Five!

Abraços,
Leonardo

- Tanzânia facts: é a terra da maior montanha da África, o Kilimanjaro, e desde 1996 a capital é Dodoma. Isso mesmo, descobri a pouco tempo que não é mais Dar es Saalan, que foi a capital de 1964 (independência) até 1996, mas continua sendo o principal centro comercial do país. Outra curiosidade é o nome Tanzânia que surgiu apenas na independência e vem da fusão dos nomes Tanganyika e Zanzibar. Por aqui cerca de 62% da população é cristã e 35% muçulmana. E os idiomas oficiais, assim como no Quênia, são o Swahili e o inglês.

- Música dos dias: "Ticking away the moments that make up a dull day" - Time - Pink Floyd

- Cervas dos dias: Serengeti Lager e Kilimanjaro Lager

sábado, 11 de maio de 2013

Dias 10 e 11 - Amboseli

Bom dia Nairobi! Saímos por volta das 7:30 do hotel para dar uma banda pelo centro da cidade! Trânsito e poluição punk! Acabamos passando apenas na frente do ex-prédio da embaixada americana, o qual a Al Qaeda mandou um caminhão bomba em 7/8/98! Hoje é uma praça toda ajeitadinha.
Por volta das 8:30 partimos rumo a Amboseli! Nosso guia e motora Juma é muçulmano de carterinha, manco e de pouco assunto! E respeitador das leis, meu galo não passou de 80 km/h! Haja butiá no bolso! Com isso, os 260 km foram feitos em mais de 4 horas! A estrada pelo menos era asfaltada em quase todo o caminho, mas o movimento de caminhões também estava punk! E o engraçado é que passamos por mais de 5 caminhões parados no meio da estrada! Os galos só colocam umas pedras para segurar as rodas e tentam arrumar na pista mesmo, avacalhando com o trânsito!
Apesar de tudo a viagem foi tranquila, acho que já estamos acostumados com as batalhas! Ainda paramos no meio do caminho em um bar/loja e que na frente tinha uma feira Maasai de cabras! Além de uma galera vendendo cebola! Algumas fotos e seguimos viagem!




Os últimos 18 km foram em estrada de terra e já estávamos perto do parque, assim a busca por animais teve início! De largada foram zebras, girafas, búfalos e gnus! O Parque Nacional Amboseli é o segundo parque mais popular do Quênia e a sua área atravessa a fronteira com a Tanzânia, com seus 392 km2. A população em sua maioria é Maasai, povo mais tradicional do Quênia!
Fomos direto para o Serena Lodge, onde estamos hospedados, que fica no meio do parque e parece que estamos no Jurassic Park! O Lodge é todo com cerca elétrica e do avarandado é possível ver a elefantada do outro lado da cerca!
No final da tarde levantamos o teto da Land Cruiser e ficamos 3 horas procurando animais! Muitos elefantes, hipopótamos, macacos, gazelas, entre outros. Mas nada do leão!  E como pela contagem de 2008 existiam apenas 35 leões no parque, vai ser batalhar ver algum por aqui!





Hoje acordamos cedaço para continuar a busca e tentar ver o Kilimanjaro! Ontem ele, que fica a uns 20 km em linha reta, estava encoberto pelas nuvens! 6:15 já estávamos na rua e nada do Kilimanjaro! O tempo estava bem nublado, fizemos o safari por umas duas horas e voltamos para o café da manhã no Lodge!


Bem alimentados, fomos visitar uma vila Maasai que fica dentro do parque. Mal pegamos a estradinha e um Maasai saiu correndo ao lado do carro e em seguida passou o carro! Inacreditável, meu guri corria que nem louco! Quando estávamos chegando na vila, o Maasai entrou no carro e se apresentou como o filho do chefe! Chegamos na frente da vila e tomamos a mordida de U$ 30 por cabeça, que segundo eles é dividido por toda as vilas Maasais!  Ahhhh é!! E aí começou a festa! Primeiro nos mostraram o sistema de coleta de água e depois vieram todos, homens e mulheres, para fazer A Dança! A Dança são os famosos pulos que os homens dão e quem pula mais alto é o maior galo de todos! Fotos e mais fotos! Depois finalizaram com uma reza e nos deixaram entrar na vila!
A vila é redonda, toda cercada para os bichos na invadirem e as casas (bomas) ficam todas na volta, com o cento livre para colocarem os animais! Depois nos mostraram os remédios naturais, fizeram fogo raspando a madeira, entramos em uma boma (apertada e baixinha pra caramba) e veio a socadinha do mercado! Mas esse dinheiro eles disseram que fica com a família! Para finalizar, entramos em uma escola Maasai onde tinham uns 30 mandinhos! Valeu o investimento, é uma cultura muito interessante! Mesmo eles estando preparados para receber turistas (e são rápidos com dinheiro), são cerca de 120 Maasais que vivem conforme as origens! Quem quiser saber mais sobre os Maasais acessem o site: http://www.afreaka.com.br/nacao-maasai

....E nada do Kilimanjaro! Continuava atrás das nuvens! 





No início da tarde começou a chover e as esperanças de ver a maior montanha da África estavam indo para o vinagre! Mas lá pelas 4 da tarde, na hora que estavamos indo para outro safari, eis que o galo apareceu! O mais bala de Amboseli é fazer os safaris com o Kilimanjaro de revesgueio e "vigiando" a gente! Finalmente no último safari ele apareceu!



Agora é carregar a mochila e amanhã partimos para a antiga Tanganyika, atual Tanzânia!

Abraços,
Leonardo

- Kilimanjaro Facts: é o ponto mais alto da África com 5.895 m de altura. Mais uma das 7 Maravilhas Naturais da África, o Kilimanjaro é o conjunto de 3 crateras de vulcões, o Kibo, Mawenzi e Shira. Ninguém sabe precisamente a origem do nome, mas uma das teoria é que o nome era Kilima-Njaro, onde Kilima significa montanha e Njaro significa grandeza. Dizem que entre 2022  e 2033 a neve do cume não existirá mais! Outubro é, atualmente, o mês que mais neva!

- Música dos dias: "Chase those crazy, Chase those crazy, Chase those crazy,…. - Crazy Baldheads - Bob Marley

- Cerva dos dias: Tusker Lager

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dia 9 - Run Kenia Run!



Acordamos hoje em Lusaka na Zâmbia! Sinceramente, nunca tinha imaginado que um dia estaria em Lusaka! E muito menos conhecer todos os países com a letra Z! Menos mal que a Zâmbia hoje é um país que está ficando pra frentex e o Zimbabwe está sob controle!
Entretanto nem conseguimos conhecer Lusaka, tivemos que ir direto para o aeroporto, pois voaríamos para Nairobi às 10:55! Mas ao chegar no aeroporto descobrimos que o nosso voo estava 3:30 atrasado e que faria escala em Lilongwe no Malawi! Bonito! Se soubéssemos antes, tínhamos feito o visto, e quem sabe um diazinho no Malawi!
Nos restou ficar ratiando no aeroporto, a lá Tom Hanks! Bandinha pra cá, bandinha pra lá, 1/4 de chicken no almoço com direito a assistir Caminho das Índias dublado em inglês e nada do tempo passar! Quando saímos do restaurante por volta das 13 horas, nosso voo tinha sumido do painel! Tensão! Fui perguntar na Kenia Airways e a mulher falou que o painel estava com um vírus! Que beleza!
O voo atrasou mais uma hora e saímos somente às 3:15 da tarde! Voo rápido até Lilongwe e ficamos em solo Malauiano por volta de uma hora! Estranho foi um carro que entrou na pista para deixar um galo na escada do avião! Nunca tinha visto isso! This is Africa!!
E por volta das 7:30 da noite (aqui tem mais uma hora de fuso, 6 + que o Brasil) chegamos na terra do Paul Tergat! Não conseguimos ver muita coisa da cidade, talvez amanhã cedo a gente vá dar uma banda pelos pontos mais importantes.
Agora estamos no hotel, mais um estilo Projac, nem parece que estamos na África! Para entrar no hotel tem detector de metais e raio x para mochilas! Mas como diria um sabia africano em inglês precário: "who has ass, is afraid"!
Amanhã vamos cedo para Amboseli com uma Land Cruiser verdinha e quentak! Safari neles!

Abraços,
Leonardo

- Quênia Facts: mais um país que se tornou independente do Reino Unido nos anos de 1960. Famoso por seus corredores de provas de fundo, o Quênia é um país com vários grupos étnicos e possui o maior PIB do leste e centro da África. Os 19 parques nacionais são os pontos mais procurados por turísticas, entre eles o Tsavo, Amboseli e o Maasai Mara. A maior cidade do país (cerca de 3 milhões de habitantes) é a capital Nairobi, que em Maasai, significa Água Fria. Nairobi é hoje considerada uma das cidades mais proeminentes da África, com diversos escritórios de empresas multinacionais e organizações.

- Música do dia: "Nem foi tempo perdido. Somos tão jovens! Tão jovens!" - Tempo perdido - Legião Urbana

- Cerva do dia: Tusker Lager

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dia 8 - Vai Zâmbia!

Acordamos cedo para procurar alguma foto pela cidade. Na realidade o centrinho de Victoria Falls tem uns 4 ou 5 quarteirões e com o sol forte já cedo, não deu para fazer muita coisa!
Almoçamos pizza de novo e às 12:30 partimos rumo a Livingstone, cidade do outro lado da fronteira com Victoria Falls. Tem de cerca de 136 mil habitantes e o nome da cidade foi dado em homenagem ao Galo Mor David Livingstone, missionário e explorador escocês que desbravou o interior do continente africano no século XIX. Numa aventura de mais de 15 anos, atravessou duas vezes o deserto do Kalahari, navegou o rio Zambezi de Angola até Moçambique, procurou as fontes do Rio Nilo, descobriu as Victoria Falls e foi o primeiro europeu a atravessar o lago Tanganica. Cruzou Uganda, Tanzânia e Quênia. Isso tudo a pé, em carros de boi e em canoas. Realmente, o campeão dos galos! E depois dizem que eu que sou louco em vir para a África.
Aduana tranquila e em 30 minutos o motora do ônibus nos deixou no Dumbwa Market, mercado clássico da África! Muita gente, muita cor, muita comida = muitas fotos! Apesar do sol forte, foi palhaçada! Ficamos quase uma hora caminhando pelo meio das moscas e fotografando! De lá partimos para o centro da cidade para visita ao Livingstone Museum! Museu bem organizado que mostra toda a história da Zâmbia, do galo Livingstone e tem até uma ossada humana de 700 ac!





De lá fomos para o aeroporto pegar o voo para Lusaka! Depois da Air Namibia e da Air Botswana, chegou a vez de um voo guerreiro pela Proflight Zâmbia num Jetstream 32 de 18 lugares! Barbosinha! A cabine do avião era aberta e deu para acompanhar a pilotagem! Legal foi ver que faltando uns 10 minutos para pousar tanto o piloto como co-piloto estavam a bangu! Que beleza! Mas deu tudo certo e o pouso foi tranquilo com uma hora de voo!
Agora estamos no Protea Hotel e amanhã partimos para Nairobi no Quênia!

Abraços,
Leonardo

- Zâmbia Facts: é um país sem saída para o mar, antigamente chamada de Rodésia do Nordeste. Os lusitanos tentaram tomar conta, mas foram os ingleses que ficaram aqui até 1964 quando conseguiu a independência. De lá pra cá, tradicional nos países da região, várias guerras civis aconteceram, mas nos últimos anos está mais tranquilo. Lusaka é a capital e maior cidade do país que tem o inglês como idioma oficial e umas 8 línguas reconhecidas, sendo que existem mais de 70 idiomas no país. Em 2010, o Banco Mundial considerou a Zambia um dos países que mais rápido estão reformando a economia! No início do ano eles cortaram 3 zeros do Kwacha Zambiano e esperam crescer mais de 7% este ano! Vai Zambia!!!

- Música do dia: "Long time me no see you Mama, They took me away from you Mama" - Mama Africa - Peter Tosh

- Cerva do dia: Mosi Lager

terça-feira, 7 de maio de 2013

Dias 6 e 7 - Victoria Falls

Partimos cedo de nossa barraca rumo ao aeroporto de Maun. Por falta de voos tivemos que fazer outro trecho lusitano, algo como ir de São Paulo - Rio de Janeiro com escala em Porto Alegre! Mas tá valendo! Pegamos o voo às 9:15 para Gaborone num ATR 42 da Air Botswana! Rica companhia aérea! Cerca de 1:30 de voo aterrizamos na capital de Botswana e lá estava o diplomata da República Michael Lawson que nos encontrou em uma área restrita do aeroporto! Foram uns 20 minutos de conversa e tivemos que partir para um outro ATR 42 de Gaborone para Kasane a 12 km da fronteira com Zimbabwe e próximo do ponto que se pode ver a fronteira de 4 países: Namíbia, Botswana, Zimbabwe e Zâmbia!
Uma van nos buscou e nos levou para a fronteira de Botswana e passaportes carimbados! Mais 1km em território de ninguém e chegamos na parte do Zimbabwe! Imaginávamos que a tensão seria grande, mas foi tranquilo, mesmo sem ter o visto!
Depois cruzamos a cancela e entramos nas terras de Mugabe.... e dos macacos, pois foi só colocar os pés no país e uns 5 macacos ficaram na nossa volta!
Uma horinha de ônibus e por volta das 3 da tarde adentramos a cidade de Victoria Falls! Para relaxar da correria dos últimos dias fomos surpreendidos pelo Kigdom Resort! Bom para agradar e tranquilizar as famílias em casa, mas prejudicou seriamente a nossa reputação!
O resto do dia foi caminhar um pouco pela cidade e relaxar no hotel! Na real, a sensação que a gente tem é que o hotel está sitiado, pois estamos num pais muito pobre, num mega hotel e com o barulho constante de helicópteros (por causa dos passeios aéreos pelas cataratas)!
Hoje pela manhã levantamos cedo e fomos para as cataratas Vitória, uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo. A Victoria Falls ou Mosi-oa-Tunya (Fumaça que Troveja) fica situada no Rio Zambezi e tem 1,5 km de largura e altura máxima de 128 m. Segundo as contas dos "Zimbabuanos", elas são as maiores do mundo, mas não vale a pena explicar como eles chegaram nessa conclusão! Tivemos sorte que o mês de maio é o da cheia, então estava atrolhada de água.
U$ 30 de entrada e U$ 2,5 para a capa de chuva e lá fomos nós! São 16 "mirantes" que correm paralelos as cataratas, iniciando com a estátua do Livingstone até a ponte do Rio Zambezi que separa o país da Zâmbia! Bom, foi chegar no mirante 4 que a "chuva" das cataratas começou a encharcar a gurizada! Lá pelo 12 já era temporal de novela, ceú azul e água desabando! Foi proteger a máquina e relaxar, pois os tênis e as meias estavam completamente molhados!




Voltamos para a piscina do hotel e o nosso trainee Freedom (funcionário do hotel) nos ajudou a secar os tênis! Em troca dei uma camisa da seleção brasileira de presente! Só faltou o meu galo chorar de alegria!


Caminhamos um pouco pela cidade e por volta das 4 da tarde fizemos um passeio de trem que passa pela ponte Zambezi cruzando a fronteira para a Zâmbia! É de lá que os guerreiros fazem bungee jumping e outras loucuragens. A ponte foi construida entre 1900 e 1905 e a ideia era ser uma das obras da famosa via férrea que iria do Cairo a Cape Town, que nunca foi finalizada. Mais algumas fotos das cataratas e vimos o por do sol.



Amanhã partimos para a Zâmbia! Que beleza!

Abraços,
Leonardo

Zimbabwe Facts: a antiga Rodésia, teve sua independência declarada em Zimbabwe, a antiga Rodésia, teve sua independência declarada em 1965, mas somente em 1980 começou a ser chamada pelo nome atual. O nome Zimbabwe surgiu do complexo de pedra que fica no leste do país, perto da fronteira com Moçambique, o qual pensa-se que constituiu o Primeiro Estado do Zimbabwe, no ano de 1250 e 1450. Ninguém sabe o motivo da cidade ter sido abandonada. A capital Harare fica situada no nordeste do país e nós não iremos visitar. A terra de Robert Mugabe, que está no poder desde que o país se chama Zimbabwe, é conhecida pela alta inflação que em 2009 chegou a 9.000% ao mês. Agora a economia é dolarizada e as notas de trilhões o povo fica vendendo na rua como souvenir. Além do inglês, o Shona e o Ndebele são as línguas oficiais.

Música dos dias: "Every man gotta right to decide his own destiny"- Zimbabwe - Bob Marley

Cerva dos dias: Zambezi Lager