"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Dias 9 e 10: Scotland

Saímos ontem de Liverpool por volta das 10 da manhã. Pela manhã ainda caminhamos até a Albert Dock para nos despedirmos do Rio Mersey. Com certeza nos próximos anos voltarei a Liverpool, a cidade é fantástica!
No caminho para Edinburgh, decidimos parar em Glasgow para almoçar. Glasgow é a maior cidade da Escócia, mas não é a capital. Ela é famosa pela arquitetura vitoriana e podemos comprovar ao vivo. A parte que vimos é basicamente só prédios vitorianos. Almoçamos na Argyle St. perto da Central Station e em seguida caminhamos pela Buchanan St., Merchant City e George Square. Na saída uma olhada rápida no rio e na Catedral. O pouco que vimos da cidade me pareceu bem legal, por incrível que parece estava sol. Partimos para Edinburgh lá pelas 3:30 da tarde e antes das 5 já estávamos na capital da Escócia.

  

Fomos direto na nossa Guesthouse, que fica uns 30 minutos a pé do centro da cidade. A Guesthouse é uma beleza, parece a casa de vó. Até a senhorinha que nos entregou a chave tem cara vó. Largamos as coisas e fomos direto para a High Street aproveitar o final de luz para umas fotos. Caminhamos um pouco, mas em seguida anoiteceu e paramos no Pub Albanach para uma Belhaven St. Andrews Ale. Bela cerveja! Jantamos e voltamos para nos guardar para o dia de hoje.
Acordamos cedo e começamos a peregrinação pela cidade, hoje caminhamos as vera! Por baixo, umas 4 horas de um lado para o outro para conhecer a "Edinbrá" (como eles pronunciam a cidade) do Escoceses! Iniciamos pelo Edinburgh Castle, ponto principal da cidade. Ele se localiza numa colina na ponta oeste da High Street e foi construído no século IX.
De lá seguimos a pernada e fomos para o Calton Hill, uma outra montanha que fica no lado leste da cidade. Lá de cima tem um parque com diversos prédios e monumentos, como um observatório, umas colunas romanas (Monumento Nacional), Monumento para o Horatio Nelson (o galo da Battle of Trafalgar), entre outros. Na real a melhor vista da cidade é lá de cima e não do castelo, por isso que os poetas e pensadores daqui iam para lá o dia todo para fumar uma...ops...para buscar inspiração para escrever. Edinburgh é famosa por ser a terra de diversos poetas, escritores e pensadores, como Adam Smith (não nasceu, mas morou aqui a maior parte da vida), Sir Arthur Conan Doyle e a J.K. Rowling, entre outros.

  

  

Durante a tarde ficamos curtindo a cidade e visitando alguns pubs. O dia não estava dos melhores, um pouco frio e muito vento. Então algumas paradinhas nos pubs foram necessárias. A cerveja local chamada Tennents vale o investimento.
Ainda deu tempo para uma passada na National Galerry, no Palácio de Holyrood, local que a Rainha fica hospedada quando vem por estas bandas e o bairro West End.

  

Resumindo, Edinburgh é muito legal! Vale lembrar que estamos no final de setembro, ou seja, final do verão. Ela no inverno deve ser um convite para o alcoolismo, sair na rua não deve ser fácil. E uma coisa que nos chamou atenção é que os prédios são bem escuros, que dá um charme diferente, mas eleva o grau de depressão da gurizada que vive por aqui. Ah....e as gaitas de fole tocando pela rua são sensacionais no início do dia, mas com o passar do dia aquele som começa a atazanar os ouvidos. Tudo que é esquina tem um magrão tocando! Raul Seixas, com certeza, trocaria o ""macaco, praia, carro, jornal, tobogã" por "gaita, kilt, castelo, whisky, 'scotalã' (leve licença poética)" eu acho tudo isso um saco"! Sacanagem, a cidade é show de bola e vale conhecer!

Bom, amanhã o golf entra no roteiro, uma breve passada por Saint Andrews, primeiro campo de golf do mundo e depois Ryder Cup neles.

Abraço,
Leonardo

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dias 7 e 8: Liverpool is in my ears and in my eyes...

Antes de chegar aqui em Liverpool estávamos ontem em Cardiff, terra do Ken Follett, O Galo da Literatura! Também conhecida como Caerdydd em Galês. Que por sinal é um idioma praticamente impossível, acho que até russo é mais fácil! Mas vamos lá, Cardiff é uma cidade bem ajeitada, 320 mil habitantes, me surpreendeu. Visitei Belfast um tempo atrás e achei que seria parecida, mas não é. Cardiff é bem melhor! Acordamos cedo e fomos caminhar pela cidade. Iniciamos pelo centro onde tem um calçadão com um contraste característico do Reino Unido, prédios novos entre os prédios antigos. Esta parte central possui diversos pubs e restaurantes, o estádio Millennium fica por alí, além do Cardiff Castle. Foram quase duas horas caminhando e depois pegamos o carro para ir até a Cardiff Bay. Uma área na beira da Baía que foi remodelada nos últimos anos. No prédio vermelho da foto abaixo tem um museu e vimos um vídeo sobre a história do País de Gales que mostra todo o drama da dependência do carvão, segunda guerra e o que eles estão fazendo agora.



Saímos por volta das 11:30 em direção ao norte rumo a Liverpool, para uma viagem de cerca de 4 horas. Rádio ligado na 105.2, a Planet Rock e deitamos o cabelo. Estrada tranquila e de repente toca: Don't stop me now do Queen, mais um pouco toca Romeo & Juliet do Dire Straits. E segue a viagem agora um Pink Floyd....hey you, out there in the cold,....espetáculo! Outro cabeça...até que o movimento começa aumentar e o trânsito parar no meio da auto-estrada, também conhecida como motorway por estas bandas. Ficamos 1:30 andando a 10 km/h, que batalha!! Tudo por causa de um carro estragado! Lamentável! Com isso, a viagem de 4 horas virou uma de quase 6 horas. Mas a rádio continuou e encerrou com um Supertramp do fundo do baú.
A chegada em Liverpool foi tranquila e só deu tempo de um banho rápido e fomos encontrar um amigo inglês que foi nosso líder do grupo do Trem Transiberiano. O Chris e a namorada nos encontraram no hotel e fomos jantar na Albert Dock. Outro área portuária remodelada, cheia de restaurantes, pubs, museus, etc. Encerramos a noite com uma passada no The Cavern Club para conhecer onde tudo começou! Como sou fã dos Beatles, ao entrar no Cavern parecia que eu tinha voltado no tempo! O lugar é de chorar de emoção!! Tomamos um pint, escutamos umas 5 músicas...dos Beatles claro, e partimos!


Hoje iniciamos o dia bem cedo, pois descobrimos que teria um jogo do Liverpool no Anfield à noite. Acordamos e fomos direto no estádio e conseguimos comprar um ingresso na penúltima fila, praticamente no teto! Mas tá valendo.
Voltamos para o centro e caminhamos pela Albert Dock e Liverpool One, calçadão cheio de lojas, pubs e onde fica a torre de uma rádio que aparece mais no canto direito da foto abaixo. No final da manhã fomos fazer um passeio de Ferry através do Rio Mersey. Sempre que o Ferry chega e sai do cais, toca uma música do Gerry and The Pacemakers: "So ferry 'cross the Mersey, and always take me there, The place I love". O Thirras quase chorou! O passeio foi de praticamente uma hora e valeu a pena!
De lá voltamos a Beatlemania, caminhamos até o The Beatles Story, um museu que conta toda a história da banda, com réplicas e originais de instrumentos, roupas, um The Cavern Club igual e tudo que se posso imaginar sobre os Beatles. Alí sentimos que faltou tempo, poderíamos ficar algumas horas vendo tudo e escutando as histórias, mas às 14 horas horas já tínhamos marcado um outro passeio.



E as 14 horas entramos no passeio do dia! Literalmente entramos no The Magical Mystery Tour, um ônibus colorido que nos levou nos principais pontos relacionados com os Beatles da cidade. A entrada já é de arrepiar, "Roll up (And that's an invitation), roll up for the Mystery Tour". Começamos passando pela casa em que o Ringo nasceu e viveu até a adolescência para depois chegar em Penny Lane, a rua que deu origem a música com seu "barber showing photographs" e a esquina com o "banker with a motorcar". O mais sensacional é que entre os lugares o guia contava as histórias e colocava as músicas. Muito show! De lá passamos pela casa do George...."little darling...it's been a long cold lonely winter..." E segue o tour....a casa do Epstein, a Igreja onde o John e o Paul se conheceram e até o túmulo da Eleanor Rigby que fica ao lado da tal Igreja. Por isso que a letra começa: "Eleanor Rigby picks up the rice in the church where a wedding has been". De lá fomos fomos para uma das minhas preferidas, aquela que diz: "Living is easy with eyes closed...Strawberry Fields Forever". Outra emoção!! O passeio continuou pela casa do Paul, do John, a escola em que eles estudaram e....Beatles tocando no ônibus, Let it be, Norwegian Wood, I saw her standing there...até chegarmos no The Cavern Club e acabar o passeio! Foram um pouco mais de duas horas de Beatles na veia!
Ah...faltou uma historinha, nós também passamos pela igreja em que o Paul fez um teste quando ele tinha 14 anos para entrar para o Coral da tal igreja. O responsável não o aceitou, pois a sua voz era muito ruim e ele não tinha capacidade para cantar. Em 1999, o Paul fez um show em Liverpool e num evento após ele encontrou o tal cara do coral e falou: "Lembras de mim?" O cara olhou pra ele e disse: "Claro que lembro, se não fosse por mim não terias ficado famoso e milionário, estarias cantando no coral da igreja!" É a vida!


Para finalizar o dia ainda fomos no Anfield Road, estádio do Liverpool para ver ele jogando com o Middlesbrough pela Capital One Cup. Estádio lotado, torcida enlouquecida, Guiness disponível, mas jogo ruim que dói! Mas jogo era tão ruim que ninguém queria ganhar, acabou 1x1 no tempo normal, 2x2 na prorrogação e 14x13 nos penaltis para o Liverpool! Que batalha!!


Agora empacotamos as malas e amanhã vamos na direção nordeste rumo a Edinburgh na Escócia!

Abraço,
Leonardo

domingo, 21 de setembro de 2014

Dias 4, 5 e 6: London London

Na sexta-feira acordamos às 4:30 da manhã para voar de Reykjavik para Londres. Seguia chovendo na capital mais ao norte do mundo. Pegamos um ônibus até o aeroporto e lá pela metade do caminho....boooom! Se foi um pneu! Piloto tranquilizou a galera, deu seu jeito e seguimos viagem! O voo para Londres foi tranquilo e chegamos por volta do meio dia! Mochilas nas costas e lá fomos nós para 2 trens e 2 metrôs até o nosso hotel! Fazia 22 anos que eu não visitava Londres, quando passei 4 dias na cidade. Lembrava de bastante coisa, mas uma coisa me chamou a atenção: a quantidade de gente! Tudo está mega lotado, tanto na sexta à tarde, como no domingo pela manhã.
No hotel encontramos a minha irmã e o Murilo que vieram de Málaga e o casal Mr. e Mrs. Browne, Camila e John Paul, também conhecido como João Paulo Marrom, que vieram de Dublin. E fomos para a rua....pegamos o Underground até a National Gallery e a Trafalgar Square, caminhamos até o Thames, passando pela Downing St., Parliament, Big Ben e London Eye. Nesse caminho, tiveram algumas fotos e poucos Pints. Por volta das 5 da tarde partimos para Candem Town. Candem é loucura total! Músicos por toda a parte e cada um mais enlouquecido que o outro. Visitamos a estátua da Amy Winehouse que colocaram no dia 14 de setembro, dia do nosso aniversário, e encerramos o dia com alguns Pints num Pub.



No sábado acordamos cedo para seguir a pernada, e que pernada! Dia clássico londrino com fog e uma pseudo friaca. Iniciamos na Baker St. e depois fomos para o famoso Portobelo Road Market em Notting Hill. Bah...esse sim foi o campeão de quantidade de gente, barbosinha! Explodia gente de tudo que é naipe por todos os lados. Caminhamos praticamente toda a Portobelo Rd e para relaxar paramos num Pub. De lá fomos até a Abbey Road para nos fantasiarmos de turistas e fazer a mesma foto da capa do disco dos Beatles!
Paramos para almoçar um hot dog no Green Park e uma extendida até o Buckingham Palace e o St. James Park. Isso já eram uma 3:30 da tarde e as pernas do galo véio começando a se entregar. Mas um gaúcho nunca se entrega num 20 de setembro, então continuamos.....underground até a London Tower e Tower Bridge! Mais um milhão de pessoas por lá....várias vezes pensei no estrago de um ataque terrorista, é impossível controlar todo mundo. Quer dizer, eu acho que é impossível!
Seguimos a pernada passando para o South Bank para visitar o Shakespeare Globe e o Tate Musuem, que o Thirras queria dar uma olhada.
Para descansar as pernas encontramos um Pub que estava mostrando West Ham x Liverpool e ficamos vendo o jogo. O John torce para o Liverpool e o bar estava atrolhado de torcedores do West Ham. Ficamos quietinhos num canto com os nossos Pints. E saímos quietinhos também, West Ham 3x1. Para encerrar o dia fomos jantar no Convent Garden para comemorar o aniversário do John! E mais um Pint!




Hoje cedo partimos para Heathrow pegar o carro que irá nos acompanhar até o dia 29! Mochilas nas costas e 2 metrôs até lá! Depois de 1:30 de espera na EuropCar, saímos lá pelas 11 rumo à Amesbury para visitar Stonehenge! Apesar de ter dado uma errada logo de cara que foi entrar pelo lado esquerdo para dirigir, o resto foi tranquilo! Muita concentração e duas porradas no vidro para trocar a marcha! A chegada em Stonehenge é muito bala, quando se sai da auto-estrada já se enxerga as pedras de longe. E como a estrada é numa parte mais alta, se tem uma batia visão do parque! Largamos o carro no estacionamento e tem duas maneiras de ir até as pedras: caminhada de 30 minutos ou ônibus de 3 minutos. Pegamos o ônibus, claro! Apesar de estar cheio de gente, a visita foi muito legal! Sempre tive curiosidade de conhecer Stonehenge, que quase foi eleita uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Acho que as 7 escolhidas são melhores, mas o mistério que envolve aquelas pedras, torna o lugar especial.


De Stonehenge seguimos em direção oeste até Cardiff, capital do País de Gales, uma das nações do Reino Unido. Legal que fomos escutando Manchester City x Chelsea na rádio! Loucura total entender a narração! Chegamos por aqui no final da tarde e apenas fomos jantar no centro da cidade. Amanhã pela manhã iremos conhecer um pouco mais e à tarde continuamos o Tour do Reino Unido indo para Liverpool.

Abraços,
Leonardo

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dia 3 - Eyjafjallajökull

Hoje acordamos cedo para desbravar o countryside da Islândia. Saímos do albergue com o nosso "cochecito", um Hyundai i10, por volta das 8:30. Temperatura de 9 graus e a tradicional chuva que não nos larga.
Fomos na direção leste para fazer o Golden Circle, passeio mais tradicional, que passa pelo Parque Nacional Pingvellir, Geysir e Gullfoss. Como falei ontem, depois de pesquisarmos, para duas pessoas sai mais em conta alugar um carro que comprar pacote turístico.
A primeira parada foi Pingvellir que é o lugar mais histórico da Islândia, pois segundo eles, os Vikings criaram alí o primeiro parlamento democrático do mundo lá pelo ano 930 d.c. Que beleza! O parque é cheio de montanhas e cachoeiras e nele também fica Silfra, a fenda que separa as placas tectônicas da América do Norte e da Euroásia. Sendo assim, na foto abaixo o lado esquerdo é América do Norte e o lado da direito é a Europa! E segundo um mergulhador guerreiro, que estava preparando uma equipe para mergulhar nessa água de 2º C de temperatura, todo o dia estas pedras se mexem. Bem tenso! Mas o legal do mergulho, se é que é legal mergulhar numa água de 2º, é a visibilidade é de 120 metros, ou seja, é muito clara e também potável.




De lá seguimos viagem para Geysir, cerca de 50 km de Pingvellir. Quando chegamos a chuva apertou, mas metemos ficha igual. Os Geysirs ficam em uma área não muito grande, mas o mais interessante é que lá está o o Geysir original, quer dizer, o Geysir que deu origem a série. Explicando melhor, o Geysir chamado Geysir foi batizado com este nome, pois deriva do verbo "gjósa" que significa jorrar. A partir daí todos as nascentes termais que entram em erupção periodicamente foram chamadas assim. Então podemos dizer que Geysir é como Bombril, Gillette, etc.
Além do Geysir original, há o chamado Strokkur que é o maior e está mais ativo. A cada 5/10 minutos "explode" tocando água e fumaça até 30 metros de altura.




Compramos um sanduíche e seguimos o baile até Gullfall, a mais famosa catarata da Islândia. A história conta que a catara ficava nas terras do Sr. Tomas Tomasson (em bom português seria Tomas Jr. ou Tomas Fº) e que um empresa gostaria de usar a catarata para construir uma hidrelétrica. Ele foi contra, mas a empresa conseguiu através do velho jeitinho islandês liberar o projeto. Entretanto, a empresa não conseguiu pagar para o governo o projeto e a hidrelétrica acabou não saindo do papel. Em 1975, Gullfoss foi doada para a nação e se tornou uma reserva natural.
Ah...mudando de assunto, sobre o nome dos filhos, eu fiquei com uma dúvida que não conseguiram me responder. Como seira o nome do neto do galo Tomas se ele se chamasse Tomas também. Tomas Tomason Tomason. E se meu primo Floriano tivesse nascido por estas bandas, ele seria Floriano Florianoson Florianoson e o filho dele Floriano Florianoson Florianoson Florianoson. Um pouco lusitano esse formato de dar nome as pessoas, mas deve ter uma lógica que eu não consegui entender ainda.


De Gullfoss encerramos o Golden Circle e pegamos uma estrada de terra rumo a sudoeste para encontrar o famoso vulcão Eyjafjallajökull. E não foi fácil! Achávamos que teria alguma sinalização, já que o galo vulcão se tornou bastante famoso. Mas nada, seguindo meio na raça e parando para perguntar em alguns lugares, até que chegamos no galo véio! O cume estava um pouco encoberto, mas conseguimos ver o vulcão que conseguiu parar o tráfico aéreo europeu em 2010. 
No voo da Icelandair vimos um documentário chamado Aska (cinza em Islandês). Ele mostra a vida de umas 4 famílias que possuem fazendas ao redor do Eyjafjallajökull. Um senhor herdou a fazendo do avô que tinha adquirido em 1906 (lembrando que a última erupção do Eyjafjallajökull tinha sido em 1821) e mesmo sabendo que estava ao lado de um vulcão ativo, nunca pensou que um dia fosse entrar em erupção. Bom, pensando no investimento realizado 104 anos antes, por pior que tenha sido, com certeza já foi pago. Mas o interessante do documentário é que depois que o vulcão acalmou e as cinzas foram retiradas, a colheita aconteceu normalmente. E mais, o que o vulcão expeliu se tornou um fertilizante natural e a qualidade do pasto ficou melhor ainda. E viva a natureza!


No final das contas foram cerca de 350 km nas estradas da Islândia. Em Reykjavik tomamos uma outra cerveja local, chamada Viking (nome meio óbvio para uma cerveja na Islândia, mas tudo bem!) e já compramos nossa ticket do ônibus para amanhã cedo. Opa...ônibus para o aeroporto e depois um voo para London London! Vou lá que as 4:30 da manhã estaremos em pé!

Ah....por causa da chuva a Aurora Boreal vai ficar para uma próxima oportunidade. Ela está acontecendo, mas precisa ter céu claro! Vinagre pra nós!

Abraço,
Leonardo

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dia 1 e 2 - Reykjavik e Blue Lagoon

Falo diretamente da latitude Norte de 64º08’, terra da Björk e também conhecida como Iceland ou Islândia. Chegamos em Reykjavik por volta das 11 da noite com uma temperatura de 7 graus. No avião todo mundo de manga curta e bermuda, até um mandinho e uma mandinha de manga cavada. Que beleza! Fiquei até um pouco tímido de colocar a japona.
Pegamos um ônibus para o Aurora Guesthouse no centro da cidade. Aí começou a indiada, o ônibus demorou 40 minutos para sair e mais 45 minutos para chegar até o estação. Lá esperamos por uns 15 minutos, num calor islandês de 5 graus, uma van para levar ao albergue. Depois de passar em 4 albergues, chegamos no nosso e estava fechado! Já eram quase duas da manhã, batemos na porta umas 10 vezes e nada! Como a van já tinha partido, restou caminhar com as mochilas atrás de algum lugar para dormir. Depois de 30 horas de viagem, foi uma experiência fantástica. Andamos umas duas quadras e achamos o Sunna Guesthouse. Bom, nesse horário e no estado físico, não tínhamos escolha. Bem caro para o padrão mochileiro, mas justo pela necessidade da gurizada.


Acordamos por volta das 9 horas num dia clássico do verão islandês, 8 graus e chuva fraca. Saímos a caminhar pelas ruas principais de Reykjavik, chamadas: Skolavördustígur e Laugavegur. Diversas lojinhas, bares e pouca gente. O legal foi ver as criancinhas aproveitando o dia lindo de verão para passear pelas praças e jogar futebol. E a gente atochado de roupa!
Em seguida, fomos na Igreja Hallgrímskirkja, com uma arquitetura diferente e que é o prédio mais alto da cidade, 8 andares!! Pegamos um elevador para ter uma visão de toda a cidade. Seguimos a caminhada pelo porto, passando pela Harpa (Teatro) e o City Hall.
Depois do almoço pegamos um ônibus até a Blue Lagoon na cidade de Grindavik, uma famosa piscina de águas termais do país. A temperatura externa devia estar em torno de 6 graus e uma galera tomando banho. Dizem que a concentração de algas e sais minerais é eficiente no combate ao envelhecimento e tratamento de doenças de pele. Como não tenho nenhum desses problemas, fiquei guardadinho e não me atirei na lagoa. Fizemos uma fotos, respiramos um enxofre, uma Gull (cerveja local), mais outras fotos e voltamos para Reykjavik.
Amanhã vamos para o countryside da Islândia, fizemos as contas e alugando um carro sai bem mais barato e ainda temos mais liberdade de parar nos lugares. Vamos iniciar pelo Golden Circle com cachoeiras, geysers e parks e finalizaremos com a visita ao famoso vulcão Eyjafjallajökull.

Bom, abaixo listei algumas curiosidades sobre a Islândia :
- Metade do país está na placa tectônica da América do Norte e a outra metade se situa na placa Euroasiática. Elas se movem um pouco mais de um centímetro por ano em direções opostas. Esse ano o deslocamento pode chegar a 50 centímetros;
- A teoria é a de que logo abaixo da geleira de Vatnajökull há um ponto de conexão com o manto da Terra. Supostamente, esse é um dos poucos lugares na Terra onde há esse ponto. Essa seria uma das razões pelas quais um terço da lava que corre pelo planeta nos últimos 500 anos tenha origem na Islândia;
- Os islandeses amam seus vulcões;
- Os islandeses respeitam seus vulcões, é como ter um leão em casa: "nós sabemos que são perigosos, mas aprendemos a conviver com eles”;
- O vulcão Eyjafjallajökull, que entrou em erupção em 2010 e avacalhou com o tráfico aéreo da Europa, se pronuncia: "hey I forgot my yoghurt”;
- Os mapas têm de ser modificados de tempos em tempos, por causa dos constantes terremotos, surgimento de novas crateras e das diversas mudanças no litoral e no fluxo dos rios;
- Islandeses não usam guarda-chuva, é certo que o vento vai quebrá-lo;
- A Islândia tem um problema com gatos, eles estão por toda a cidade;
- A Islândia possui 0 Mc Donald’s;
- A Islândia tem 320 mil habitantes;
- Reykjavik é a capital e possui 2/3 da população do país;
- Reykjavik é a capital mais ao norte do planeta;
- Islandeses não possuem sobrenome, eles têm o primeiro nome e usam o nome do pai como sobrenome;
- A água da torneira é potável, mas tem um cheiro forte de enxofre. Para quem conhece o cheiro de enxofre fica complicado até para tomar banho…
- Até 1988 só tinha um canal de TV na Islândia e que as quintas-feiras não funcionava para as pessoas fazerem algo mais produtivo. Dizem que as crianças islandesas nascidas antes de 1988 foram concebidas nas quintas-feiras.




Abraços,
Leonardo

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Iceland & UK

Após algum tempo longe estou de volta para mais uma viagem. Estamos indo rumo ao norte, mais especificamente a Terra do Gelo, Islândia! Passaremos 3 dias visitando vulcões, geisers e lagoas azuis. Depois retornamos para a ilha da Rainha Elizabeth e alugaremos um carro para andar por Londres, Stonehenge, Cardiff (País de Gales), Liverpool, Edimburgh (Escócia) e terminando em Greneagles para ver a Ryder Cup de Golf.


Aproveite a viagem com a gente!