"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

domingo, 2 de março de 2025

Bahamas & Turks & Caicos

E voltamos a estrada! Agora como um quarteto! Depois do Luca, que participou das últimos duas viagens, agora foi a vez da estreia do Guido! E que estreia!

Chegamos hoje de volta depois de 9 dias pelas Bahamas e Turks & Caicos, onde comemoramos os 40 anos da Clarissa!

Partimos no dia 21/2 (sexta) com destino a Miami, conseguimos colocar tudo em duas malas médias (metade de uma era só fralda para o Guido) e 3 mochilas! Os guris se comportaram muito bem no voo. Trocamos de avião em Miami e chegamos em Nassau, nas Bahamas. Nos hospedamos no British Colonial, belo hotel, com praia própria, ao lado do cais dos cruzeiros e onde o Bond, James Bond filmou em 1965 (007 contra a chantagem atômica) e, como gostou, filmou de novo em 1983 (Nunca mais outra vez).


O clima estava bem meia boca na chegada, melhorou no dia seguinte e depois choveu os outros 2 dias. No sábado pegamos uma praia à tarde e no domingo o dia todo. Jantamos um dia no Fish Fry, uma área com vários restaurantes locais. Como era sábado, estava agitado demais para os guris de 4 e 1 ano.

No dia da chuva fomos no Museu dos Piratas (para a alegria do Luca), na Paradise Island e no Straw Market.





Na terça-feira (dia 25/2), voamos para Providenciales, capital de Turks & Caicos. Antes disso, flashback para o ano de 1.492 (um pouco longo esse flashback). Existe uma luta histórica, quase armamentista, de narrativas para confirmar o pedaço de terra onde o galo Cristóvão Colombo pisou no novo mundo. Inicialmente era em San Salvador, uma ilha das Bahamas. Aí um dia, sabe se lá como, resolveu-se que teria sido em Grand Turks, uma ilha de Turks & Caicos. Não iremos nos posicionar sobre as narrativas, até porque a cagada já está feita e aqui estamos nós nas Américas!

Voltando ao voo para Providenciales...pegamos um Embraer de 40 lugares (com 9 passageiros a bordo) da InterCaribbean Airways, companhia aérea de alto calibre, para uma hora de voo. Caía água em Nassau, temporal e vento! Eu tentando demonstrar tranquilidade enquanto os guris tocavam um terror no aeroporto. Não sabia o que era melhor, fechar o aeroporto e esperar passar a chuva ou entrar logo, entregar a Jah e chegar logo em Turks, onde o tempo estava ótimo. Bom, a pilota decidiu que era Go...guarda-chuva em mão e entramos no avião. Tudo certo...vamos lá...taxiamos e acelerou para decolar! 3 segundos depois...a pilota desiste! Meu chapéu...o que está acontecendo. Rapidamente a pilota resolve nos acalmar: “pessoal, acendeu uma luz no painel que não era para ter acendido. Vamos voltar para verificar”. Ficamos bem tranquilos! Bom, resumindo, 30 minutos depois se resolveu e decolamos! Como estou aqui escrevendo, deu tudo certo!




Sobre Turks & Caicos...é tipo mais um paraíso que vale conhecer e é difícil ir embora. Basicamente ficamos só na Praia de Grace Bay, que foi eleita uma das mais bonitas do mundo uns anos atrás. O nosso hotel, simples, mas ok, se chamava “All New Grace Bay Suites” (nome marketeiro) e ficava 1 quadra e meia da praia. Foram 4 dias de praia turno integral, um dia ficamos 9 horas corridas! E os galos dos guris aguentaram firme, mas haja lego, carrinho, papel, jogo da memória, pazinha, baldinho e o sei lá o que para entreter.

Descobrimos que todas as quintas-feiras têm um Fish Fry (outro) em uma praça. Com comidas locais, artesanato e shows. Nos disseram no hotel: “vão a pé, é pertinho”. Nos lançamos à noite com os guris, 25 minutos caminhando, carregando um no colo, depois o outro. Batalha! E quando chegamos estavam 80% dos habitantes e turistas da ilha! Falando sério, é legal, mas estávamos cansados da praia, o Guido se apagou no caminho e gente a dar com pau, ficamos um pouco e saímos.







De resto, jantamos quase todas as noites no Castaways que tinha comida boa e música ao vivo para os guris treinarem o ziriguidum e tomamos café no Shay Café & Lounge, de dono Canadense e de ambiente legal!



No sábado (1/3) final do dia iniciamos a volta, Providenciales – Miami – RJ – POA. O aeroporto de Providenciales é bem pequeno e sem ar condicionado! Um leve caos, ainda mais que atrasou duas horas o voo. De volta a realidade!

Até a próxima...mas acho que os guris precisam acampar no Uruguai para não se acostumarem mal!

domingo, 4 de setembro de 2022

A esplêndida Budapeste


Foram praticamente 4 dias em Budapeste, capital da Hungria! Que cidade! Uma mistura de Paris e São Petersburgo, com uma pitada de Viena! E o idioma…fascinante de escutar e impossível de relacionar com qualquer coisa que eu tenha visto! Eu diria inaprendível!

Depois da odisseia do trem, Luca véio se apagou e lá pelas 5 da tarde partimos rumo ao centro. Nosso Apê bem localizado novamente, perto da Ópera! E foi lá a primeira parada…sensacional!! Quem gosta de música clássica, ao entrar deve se ajoelhar e chorar de emoção! Eu conheço pouco e já foi arrepiante. Seguimos até a beira do Danúbio para ver o memorial aos judeus que foram literalmente jogados ao rio na II Guerra! São sapatos de vários tipos e tamanhos na margem do rio! Imperdível! Para nosso azar a famosa ponte das Correntes (Széchenyi Chain Bridge) está em obra. Ainda fomos na Praça Elisabeth (Erzsébet tér) e jantamos num restaurante em frente a St. Stephen's Basílica.








A quinta amanheceu chuvosa e aproveitamos para ir ao Mercado Central Központi. Páprica por tudo que é lado, legumes, frutas e proteínas de tudo que é naipe! E claro, souvenires para a loucura da Clarissa. Ficamos praticamente a manhã toda! Com o tempo já abrindo passamos pelo Museu Nacional Húngaro, a Grande Sinagoga, a Váci Utca (Calçadão) e encerramos o dia no City Park e na impiedosa Heroes Square.




No último dia inteiro de viagem aproveitamos para conhecer Buda, a parte alta da cidade! Por curiosidade, o rio divide o que antes era Buda e Peste. A parte mais central fica em Peste e em Buda fica o famoso Castelo de Buda, que obviamente era da família Habsburg, aquela da Sissi! E foi para o castelo que pegamos um Funicular! Passeamos por lá, uma baita vista de Peste. Depois, lá de cima mesmo fomos na Igreja de Mathias e no Bastião dos Pescadores, um monumento construído no início do século XX em homenagem aos fundadores da Hungria! No final da tarde descobrimos um festival de cerveja na Szabadság Square! 5:30 da tarde estava lotado e a gurizada dando-lhe trago pra dentro! Por fim, encerramos o dia na praça do Parlamento para vê-lo iluminado, assim como Buda no outro lado do Danúbio. Para alegria do fotógrafo ainda encontrei uma noiva pelas ruas e deu para fazer umas fotos.











No sábado ainda conseguimos aproveitar um pouco, já que nosso voo era no final do dia. Amanheceu bem quente e tinha gente a dar com pau pelas ruas. Fomos no tal New York Café, o café mais bonito do mundo e depois uma passadinha no Mercado Central.

E assim voltamos a realidade e já programando a próxima.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Bratislava

Eis que visitamos a Eslováquia, aquela que fazia dupla com a Tchéquia! Ficamos dois dias na capital Bratislava. Cidade pequena, em torno de 600 mil habitantes, mas super interessante! Pelo que li a Eslováquia está longe de ser trouxa, economia boa, segurança boa e vários indicadores acima da média. No esporte é pseudo lamentável, só o Hóquei no gelo salva!

Bratislava é famosa por algumas estátuas aleatórias pelo centro da cidade. Tem o man at work, que é um carinha saindo de um boeiro. Uma outra de um soldado do Napoleão e assim vai!

Investimos bastante tempo andando pelas ruazinhas, pela Praça Hlavné Namestie da Antiga prefeitura, no Portão Michalská Brána (antiga muralha da cidade), Palácio dos Primados, Praça Hviezdoslavovi que tem uma vibe bem legal, a Igreja Azul e a Catedral St. Martin.







No segundo dia metemos uma outra escalada até o Castelo de Bratislava. Chupamos bala, pois dava para ter ido de trem e só nos demos conta lá em cima. Os jovens aqui aguentaram bem! A vista é sensacional e da para ver a fronteira com a Áustria e a Hungria.

Também existe uma parte nova na cidade chamada Eurovea, um shopping com hotéis e restaurantes na beira do Danúbio, esse um pouco mais azul que o de Viena. No local, fizeram o que os franceses chamam de Promenade, uma baita área para correr, lagartear na grama, degraus até o rio e uma galera legalizando geral. Inspirador, obviamente!


Na quarta, partimos para a última parada, Budapeste! Sem antes, a maior batalha da viagem, duas horinhas de trem!

Bom, ele saía as 11:57, mas o check out do Ap foi as 10! Chegamos na estação por volta das 10:20! Com todo o respeito, algo como uma rodoviária do Chuí, com grife. Achamos uma sala de espera para tentar controlar o Luca que já dava sinais de hiperexcitação! E dá-lhe a correr, querendo pegar tudo que via, lambendo vidro, se deitou no chão e tudo mais! Anticorpos renovados! Chega o trem! Ufa! Sobe as duas malas, carrinho e as duas mochilas! Os vagões eram aqueles de cabines de 6! Quando achamos a nossa, tinha um casal espertinho no nosso lugar, mandei vazar. Cabine lotada, cortina estragada, sol batendo forte e ar pra lá de meio boca. Conclusão: Luca enlouquecido! Tentamos dar comida, só tínhamos beterraba e brócolis, 3 ou 4 pedaços e começou a querer brincar com os legumes! Mais um tempo e ele já tinha chutado umas 5 vezes um magrão polaco de 2m de altura que não parava de beber uma Mirinda quente! Para completar uma guria tira uma bandeja de negrinho com côco para comer! Aí não teve jeito, peguei o Luca e comecei a andar pelos corredores do trem! Balança pra cá, balança pra lá, até chegarmos! Experiência ímpar, relaxante e, certamente, não será única!

Chegamos com sol em Budapeste e estamos em um Ap perto da Ópera, bem localizado. Serão 3 dias por aqui até a volta pra casa.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

A Sisi é pop!

E lá se foi o final de semana em Viena. Ficamos de sexta à tarde até segunda pela manhã zanzando pela cidade, que segundo alguns estudiosos, é uma das melhores cidades para se morar no mundo. Como duvido que Big River tenha entrado na amostra do estudo, se foi qualquer credibilidade.

O tempo estava bom! Na casa dos 25 graus, no domingo de manhã choveu um pouco, mas depois abriu sol. Nosso hotel ficava pertíssimo da Stephansdom, mega central.


Mas falemos da Sisi, ai a Sisi! Ela está em todo o canto, é casa de inverno, é casa de verão, é museu, é outdoor e está até nas figurinhas que o Luca ganhou no supermercado! A Sisi foi a gala mais pra frentex do século XIX! Foi imperatriz da Áustria e Rainha da Hungria! Nasceu na Alemanha e casou cedinho com o Imperador Franz Joseph I e deu uma vitaminada na Casa Habsburg! Morreu cedo num atentado, o único filho homem tinha morrido um pouco antes em outro atentado! Só tragédia! Mas ela ficou pra história e é venerada por aqui.


Bom…e os nossos 3 dias foram bala! Iniciamos na sexta com um Bike Tour! Catamos um piloto num triciclo na Graben, principal calçadão do centro, que nos levou para um passeio de 30 minutos! O cara era Ítalo-egípcio casado com uma austríaca e a laje do Marcos Palmeira! Se fosse ao Brasil estaria no Pantanal fazendo a novela. Mas como nem todo mundo pode ter tudo, o galo tá lá pedalando por Viena diariamente! Foi bem legal, Luca curtiu e passamos pelos principais prédios da parte central.



No sábado pegamos um metro para o Castelo Schonbrunn. Como com o Luca é relativamente complexo entrar num museu, então seguimos direto para o Tiergarten, o Zoo mais antigo do mundo! Foi interessante para o Luca, mas não vejo muita graça em ver um urso polar numa temperatura de 20 muitos graus e com centenas de pessoas na volta. Mas deixa pra lá! Na parte da tarde aproveitamos que o Luca dormiu no carrinho e perneamos pela cidade: Casa do Mozart, Palácio de Hofburg, Praça dos Museus, onde ficam o Museu de História Natural e o Museu de História da Arte em Viena, Parque Volksgarten, Ópera de Viena, Museu Albertina, Prédios do parlamento e da prefeitura e encerramos no Parque Burggarten. 







No domingo, esperamos a chuva passar e fomos no prédio estiloso e meio Gaudí chamado Hundertwasser Krawinahaus. Interessante! Seguimos para o Park Prates que além de uma baita área verde, tem um parque de diversões! Metemos uma Roda Gigante para acostumar o galo Luca! Mais além caminhamos pela beira do Rio Danúbio (não muito azul) e encerramos o dia relaxando no parque na frente da Biblioteca Nacional. Estava rolando um protesto em favor da Ucrânia e rolou algumas fotos!







Por fim, um último comentário…apesar de famosa pela música, já que Mozart, Beethoven, Strauss, Schubert e outros galos moraram aqui, vimos poucos músicos de rua. Achei que ia ver lóqui tocando violino em cada esquina! Mas estátuas, barbosinha, tem por toda a parte. Se você tem estatuafobia, fuja de Viena!

E agora pouco chegamos em Bratislava, capital da Eslováquia! Uma hora de trem! País 68! Segue o jogo…