"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

sexta-feira, 30 de março de 2018

Cancún, Isla Mujeres e Chichén Itzá!


Vos escrevo diretamente do México! Passamos 6 dias nesse país da América do Norte. Como as férias eram curtas, optamos por visitar apenas Cancún e arredores.
Nossa viagem iniciou no sábado dia 24/3 às 1:30 da manhã! Pegamos um voo de Porto Alegre para a Cidade do Panamá e em seguida um outro voo para Cancún. Chegamos por volta do meio dia no Kristal Cancún, rico hotel no olho do furacão da cidade. O mapa da Zona Hotelera de Cancún é no formato de um 7 e tanto o nosso hotel, como os bares mais famosos, ficam na curva do 7. Apesar de só liberarem o quarto às 15hs, conseguimos aproveitar a praia da frente do hotel. Dos 6 dias, o primeiro e o último ficamos lagarteando nas areias de Cancún mesmo. Água azul daquelas e mar com “agitamento” de mulher perder o biquíni!


Dois outros dias fomos para Isla Mujeres, um pequeno paraíso na terra. Para chegar lá foi barbada, pegamos um ferry, com música ao vivo (Cielito lindo na ida e na volta) por U$ 19 por pessoa e com vários horários disponíveis para ir e voltar. Em um dos dias alugamos um carrinho de golf no final da tarde para ir até a ponta sul da ilha. Sinceramente, não vale muito a pena. O que vale mesmo é ficar na ponta norte: praia paradisíaca, cerveja gelada, barzinhos e tudo mais do seu imaginário. Existem alguns parques e passeios na ilha (e por toda a volta de Cancún), mas optamos por curtir a praia mesmo. O combinado foi um capitalismo light, sem parques temáticos!






Num outro dia pegamos um táxi e fomos a Praia del Carmen. Taxi caro, U$ 35 cada trecho. Foi legal para conhecer, tinha muito vento e a praia estava cheia. Acho que não tivemos muita sorte. A tal da 5ª Av. é bem legal! São varias quadras com lojinhas, bares e restaurantes.
Por fim, visitamos uma das Sete Maravilhas do mundo moderno! Chichén Itzá! Estávamos na dúvida se íamos de carro alugado ou excursão! Por medo de “mordidas” dos policiais mexicanos, optamos pela excursão (U$ 60 por cabeça)! Bela cagada fizemos.
Vícios normais de tudo que é passeio, disseram que nos pegariam às 7 da manhã de ônibus. Às 7:30 chegou uma van que depois passou em 4 hotéis e nos largou em um estacionamento. Lá pelas 8 chega o ônibus! Tamanho normal e de aparência requintada! Quando entramos eu mal conseguia sentar de tão apertado. Normalmente os ônibus possuem 40/45 lugares, este tinha 65! 65 seres humanos ultimate socados! Mas segue o baile, eram só 12 horas nele! Eis que entra o guia! Simpático, intercalando frases em inglês e espanhol e com uma camisa curta que deixava uma leve pança de fora. E o galo começou a discursar, disse que Tequila não é bebida tradicional mexicana, e sim espanhola. Que José Cuervo é dos Yankees! Não beba! Destruiu o mundo capitalista, mas queria nos vender repelente por U$ 10 (devido a uma epidemia de mosquitos em Chichén Itzá) e encheu o saco para comprar bugigangas do povo Maia da primeira parada. Pelo menos disse que o dinheiro seria usado para melhorar as escolas do povoado!
Depois de quase 3 horas paramos no tal pueblo! Fria total! Mais comercial impossível! Almoçamos por lá e tentaram nos vender uma consulta com um Xamã! Segundo o guia, o 4º melhor do México! Fico imaginando como deve ser o campeonato de Xamãs para o galo ter ficado em quarto, mas tudo bem! Segue o jogo! Tem que respeitar as crenças, mas o galo Xamã pareceu meio gozado!
Após esta batalha seguimos finalmente para o objetivo principal do passeio! Chichén Itzá! Ficamos duas horas e meia por lá! Todavia, não havia mosquitos, mas homo sapiens a dar com pau! Um outro guia ficou a metade do tempo explicando a história do lugar e a outra parte ficamos solitos para fazer fotos. Abaixo seguem alguns pontos que anotei:
  • Segundo eles, a maravilha do mundo na verdade é o Templo Kukulkan, pirâmide que aparece em todas as fotos, e não Chichén Itzá
  • Foi construida por volta de 973 d.c.
  • Tinha 4 funções: Religiosa, Matemática, Calendária e Astronômica
  • a cidade foi para o vinagre por volta de 1435, principalmente devido a má administração, antes do espanhóis chegarem
  • Os templos eram vermelhos, não consigo lembrar do motivo
  • A pirâmide não era uma tumba, como normalmente é
  • Os Maias tinham uma obsessão pelo Tempo
  • A pirâmide tem 4 faces = 4 estações
  • 91 degraus de escada de cada lado, ou seja, 364 dias + o topo, somando 365 dias do ano
  • Cada lado tem 9 plataformas com 6 quadrados em cada plataforma, 3 de cada lado da escada, com exceção da última plataforma que são duas de cada lado, totalizando 52 quadrados de cada lado = 52 semanas do ano. Cada quadrado fica iluminado em uma semana do ano
  • Se a gente bater várias palmas na frente da pirâmide, se escuta o som do pássaro Quetzal! E o mais lóki é que a National Geo gravou o som e comparou com o pássaro e é idêntico!
  • 21/6: 3 lados com luz
  • 21/12: 1 lado com luz
  • Em um determinado horário durante os equinócios se consegue enxergar, pelo reflexo da luz do sol, uma serpente descendo as escadas
  • Serpente era o Deus Maia mais importante
  • Quando os espanhóis chegaram viram o culto a Serpente (para Igreja Católica serpente = pecado). Queimaram 180 mil livros e quase toda a história Maia.




Para encerrar o passeio ainda passamos em dois lugares. Um Cenote! Para quem não sabe o que é (nós não sabíamos antes de vir para cá) é literalmente um buraco fundo com água cristalina e coisa e tal! Ficamos 50 minutos por lá, mas nós não entramos! Não era o foco!
Finalizando, paramos na cidade de Valladolid! Rica cidade! Clássica! Com a tradicional Plaza de Armas na frente da Igreja, com as terraças espanholas e casas coloridas! Nessa cidade filmaram vários filmes de Hollywood. Ela era bem grande séculos atrás, pois plantavam e fabricavam um tecido para roupas, mas quando inventaram o Nylon foi-se para a banha! Nos tempos atuais talvez proibissem o Nylon para não gerar desemprego!




Ainda demoramos duas horas e meia até chegar no hotel! Resumindo, o que valeu a pena foi Chichén Itzá e Valladolid! O resto não fez sentido para nós.
E hoje acabaram nossas vacaciones no México! Arriba México!!

PS: uma curiosidade não muito útil, nosso guia esclareceu o motivo de ter Plaza de Armas em tudo que é cidade! Um determinado Papa decretou que toda a Igreja Católica deveria ser protegida pelo exército. Então na frente de todas deveria ter uma praça para o exército ficar de tocaia! Sendo assim, se deu origem as Plazas de Armas! Na sua cidade as Igrejas mais antigas não possuem uma praça na frente?

PS2: Idioma Maia possui 25 vogais! Jumbotik = obrigado!

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