"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Paris, Paris...

E a viagem seguiu por Paris! Chegamos na quarta-feira à noite e fomos direto para o apartamento que meus pais alugaram. A duas quadras do Jardin du Luxembourg, super bem localizado!
Eu fiquei apenas 2 dias em Paris e a Clarissa ficou 5 dias. Na sexta, sábado e domingo meu pai e eu fomos para uma cidade aqui perto chamada Guyancourt onde aconteceu a Ryder Cup de Golf. E a Clarissa ficou os 3 dias com a minha mãe andando por Paris.
Nos dias que ficamos juntos, caminhamos como condenados! Na quinta-feira iniciamos pelo clássico Jardin du Luxembourg. Como estava sol, o pessoal já estava alí de manhã cedo lendo um livro ou lagarteando!


Seguimos caminhando pelo Panteon, Igreja Saint Geneveve e fomos em direção ao Sena. Uma entrada básica na Shakespeare and Company, que aumentou de tamanho e estava lotadaça! Cruzamos para a île de la Cité e passamos pela Notre Dame. Fomos em frente até o Hôtel de Ville, George Pompidou, Forum Les Halles e almoçamos alí pela volta.


A caminhada seguiu pelo Louvre, Jardin des Tuileries até a Place de la Concorde! Voltamos para a rive gauche e descemos para caminhar na beira do Sena. Quando chegamos no Grand e Petit Palais iniciamos o retorno. Voltamos caminhando pela Rue de Seine, cheia de galerias de arte até em casa.


No nosso último dia da viagem iniciamos e terminamos no Jardin du Luxembourg, só a volta foi maior. Caminhamos pela rive gauche até a Torre Eiffel. Um breve descanso e voltamos até a Rua George V, subimos até a Champs Ellysee e fomos até o Arco do Triunfo. De lá caminhamos toda a Champs Ellysee até o Louvre, com uma parada na Tulherias para um crepe. E seguimos de volta para o Jardin! E de lá para o AP e amanhã para o Brasil.



 


Foram 22 dias sensacionais por 6 países e 10 cidades! Que venha a próxima!!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Stockholm

Estamos encerrando a nossa estada na Escandinávia e indo para Paris daqui a pouco! Foram 3 dias do caralho na terra do Nobel! Esses suecos são maravilhosos, como diria um certo narrador! As suecas então, sem comentários!
Tem que ter cojones para aguentar o inverno e a escuridão quase que eterna aqui das proximidades do polo norte, mas os caras são muito pra frentex.
Cara, um dos pratos principais daqui é almôndegas com purê de batata! Só um churrasco é melhor que almôndegas com purê, mas aí é querer demais! E outra, inventaram um bolo de canela chamado Kanelbulle que é de chorar de bom! Mais, eles colocam abajures entre a janela e a cortina para simular que vem luz da rua, olha que ideia fantástica! Ajuda no combate à deprê! Água e calefação são gratuitas e a forma como geram a calefação é de cair os butiá do bolso!! Os caras reciclam o lixo, queimam o lixo bom, com isso geram energia para aquecer a água e tocam essa água nos canos de calefação! Assim não dependem de gás para o inverno e como não possuem lixo suficiente importam da Noruega e da Inglaterra! Olha que sensacional!! Ainda ajudam os outros países a se livrarem do lixo! São ou não são maravilhosas as suecas? Opa suecos!! E tem mais, os carros desligam o motor na sinaleira para não poluir e vários lugares não aceitam mais dinheiro, só cartão! Que povo, meu Deus! Que povo!!
Nossos dias por aqui foram acompanhados com a grande presença do Kiko Bertacco, riograndino genuíno, que vive por aqui há 5 anos!
Na chegada, a friaca tava interessante pra gente (não passou dos 12 graus) e um vento de fazer inveja à esquina dos 4 bancos em Big River. Lembrando que é início de outono, início das aulas, não começou o inverno. Por isso que as escolas estavam todas fazendo atividades pelas ruas, com os mandinhos e mandinhas de roupas leves, aproveitando o clima ameno.
Caminhamos que nem loucos nos 3 dias. Na segunda, o Kiko nos acompanhou o tempo todo e nos outros dias praticamente fomos nos mesmos lugares turísticos, só que com mais calma. 
Iniciamos na Drottningatan, rua de pedestre com muitas lojas, passamos pelo mercado Hötorgshallen e seguimos em direção à ilha Djurgarden, onde ficam vários museus. Na terça voltamos na ilha e entramos no Vasa, museu do barco sueco de guerra Vasa que afundou em 1628, 20 minutos depois de zarpar do cais. Em 1961, os caras tiraram o barco praticamente inteiro do fundo das águas e reconstituíram! É sensacional! Também entramos no museu do ABBA! Clássico!
Seguimos pela cidade velha (Gamla Stan), uma das 14 ilhas e a que fundou a cidade! Clássico com Ruazinhas e mais ruazinhas estreitas e bares e restaurantes subterrâneos! Nessa ilha também fica o Palácio Real e o Parlamento.




Na segunda e na terça passamos pelo bairro hipster Södermalm, mais estileira e onde o Kiko trabalha. Também fomos no prédio da prefeitura, onde tem o banquete do Prêmio Nobel, no elevador em Slussen, para ter uma vista da cidade mais de cima, e ontem fizemos um passeio de barco! Vale a pena!





Mas como estávamos com o Kiko, local aqui no norte do planeta, ele nos reservou duas noites categoria! Na segunda algumas cervejas em dois Rooftops de hotéis! Bárbaro! E na terça o Kiko nos levou para o underground de Estocolmo. Underground mesmo, pois era alguns metros abaixo do nível do mar! Fomos num bar chamado Wirströms, na Gamla Stan! O lugar deve ter sido um calabouço na antiguidade, tem uns ganchos presos no teto que deviam usar para amarrar a gurizada mais agitada. Mas hoje é um bar subterrâneo, cheio de corredores e com uma banda de blues tocando. Na real é tipo uma "jam session", os caras chegam lá e vão tocando! Mas é extremamente do caralho! O guitarrista deve ter vindo direto de New Orleans, onde lá ele devia ser mais um e aqui é Deus! Praticamente uma reencarnação do Jimmy Hendrix!
E assim foram os nossos dias por Estocolmo! Sensacionais! Obrigado Kiko pela atenção! Sem palavras!!



PS: não deu para encaixar no texto. Os caras aqui fazem um Fika todos os dias! Basicamente é um coffee break no meio da tarde para tomar um café e comer um Kanelbulle! As empresas incentivam, pois é uma forma de criar interação e troca de ideias.
E outra coisa, o sol aqui não fica a 90 graus nunca! Muito gozado! Claro que no inverno ele nem aparece, mas no verão, final da primavera e início do outono ele sempre fica meio de lado, tipo sol das 4 da tarde!

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

København

Saímos de Berlim às 7:06 num trem para Hamburgo. Em um pouco mais de duas horas estávamos na estação e fizemos uma troca rápida de trem para Copenhague. Trem lotado, mas de alto calibre.
No caminho, o tempo já começou a mudar. O calor seco de Berlim virou um dia nublado e ventoso do norte da Europa.
E o trem foi andando, tchaca tchaca, e andando, tchaca tchaca...apareceram algumas ilhas. Refleti, oh...estamos chegando na Dinamarca. E lá foi o trem, tchaca tchaca...até que na janela só se via água ao lado e um baita vento. Águas agitadas! Pensei eu, bah...entrar nesse mar de barco deve ser uma aventura! Mas fiquei tranquilo, até porque estava num trem! Deu 5 minutos e toma o que te mandaram! O trem literalmente "embarcou" num barco. Entramos no Ferry Prisesse Benedikte! Desce todo mundo e subimos ao convés! Vendaval! Foram 45 minutos num balança mais não cai até embarcarmos no trem que desembarcou do Ferry e seguirmos viagem pelos trilhos.
Ainda teve tempo para uma inspeção rara de passaportes e a entrada de um cachorro infurecido cheirando tudo que é canto do trem.
Chegamos por volta das 15 horas e pensamos em ir a pé até o hotel Cabinn Scandinavia. Seriam 15 minutos de caminhada. Já estava chovendo, mas fomos em frente, só que na segunda quadra uma rajada de vento arrastou a mala da Clarissa. Bem-vindos a Escandinávia meus jovens, uma voz falou de revesgueio aos meus ouvidos! Resolvemos investir 11 euros em um táxi! 
Como estava chovendo fomos caminhando devagar. Iniciamos pelo Tivoli, um dos parques de diversão mais antigos do mundo em atividade. Entramos na praça de alimentação que é bem legal! Seguimos caminhando pela Stroget, rua de pedestre que nos levou até o Nyhavn (Porto novo). Sonho de muito tempo conhecer Nyhavn! Por causa do clima não tinha muita gente.



O sábado amanheceu com sol e frio. E de vez em quando caía umas pancadas de chuva. Saímos a caminhar...e caminhamos. Foram mais de 20km! Foco nos palácios e castelos, iniciando pelo Christianburg, que é o único lugar no mundo que fica a sede dos 3 poderes de um país. Depois fomos para Amalienborg e a Marble Church, principal residência da família real, no caso, a Rainha Margrethe II. De lá seguimos para a Citadela, uma das fortificações mais conservadas da Europa e passamos na Pequena Sereia de Edvard Eriksen.



À tarde cruzamos a ponte para visitar a Christiania, uma comunidade independente e autogerenciada. A área foi ocupada por hippies, artistas e músicos, em 1971, como uma forma de protesto. O pessoal foi ficando, criaram uma lei que permite o uso de drogas mais leves e acabou virando uma experiência social. Lá não existe polícia, tudo se decide em reuniões e a penalidade máxima, que é a expulsão, é decidida em conjunto. Eu pensava que era um lugar mais organizado, achei bem liquidado, sujo e as pessoas relativamente drogadas. Não era bem o que eu imaginava. 



No domingo praticamente voltamos a todos os lugares. Alugamos bicicletas e ficamos quase 3 horas pedalando. Fomos até a Ópera, a Black Diamong (Biblioteca), a Torre Redonda e ao Parque Rosenborg. Ficamos bastante tempo em Nyhavn e no cais ali perto. Apesar do frio, que na real está longe do padrão local, deu para aproveitar bem Copenhague. Baita cidade!!




Hoje acordamos cedo e pegamos um trem às 6:56 para Malmo na Suécia! Enquanto escrevo já fizemos a troca de trem em Malmo e estamos a caminho de Estocolmo!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Deutschland

Acordamos cedo na segunda, dia 17, e fomos caminhar por Düsseldorf. Em 2003 fiquei um mês por aqui tentando aprender alemão. A ideia era ficar o dia todo na região da Altstadt (cidade velha) onde ficam os bares, o rio Reno, entre outras atrações.
Iniciamos caminhando pela Königsallee, avenida mais elegante, e já caímos direto na Altstadt. É aqui que fica a maior mesa de bar do mundo, pois são tantos bares um do lado do outro que dizem que elas se unem. Todos os bares focados em vender o tipo de cerveja local, que só tem aqui, e que é de chorar de tão boa! Praticamente um alimento! Ela se chama Altbier, tem uma cor mais escura e sabor único. Tomei algumas no bar mais famoso, chamado Uerige! Düsseldorf e Köln (Colônia), que fica a 30 minutos, são cidades "rivais" e rola um grenal forte nas cervejas entre a Altbier x Kölsch (cerveja de Colônia)!
Durante à tarde subimos na torre de TV que possui um restaurante giratório lá no topo e dá uma volta completa por dia. O resto do dia foi caminhar na beira do Reno, uma Altbier, fotos, descanso nas escadas, outra Altbier, até anoitecer quando voltamos para o hotel. Quem vem para a Alemanha e gosta de cerveja, venha para Düsseldorf!





Na terça pegamos o trem às 6:51 para Berlim! Sem troca, mas com 11 paradas! Frouxo! Chegamos por volta do meio dia num calor de 28 graus (que nos acompanhou por todos os dias) e fomos direto para o Apto que alugamos pelo AirBnB. Bem mais em conta que hotel. Ele fica na Prenzlauer Allee, um pouco afastado, mas com metro ao lado. Zona bem residencial.
Como fomos a vários lugares e não tem uma história interessante para contar, vou listar os lugares visitados com proveitosas e às vezes acaloradas observações. Lá vai:
- Alexanderplatz: nada demais, só a Torre, restaurantes e gente a dá com pau;
- Unter den Linden: avenida do caralho, mas com muita obra. O que pode ser bom, certamente na Alemanha as obras ficam prontas;
- Portão de Brandenburg: do caralho também! Reagan falou na frente dele e do muro em 1987: "Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall". Lugar histórico!
- Tier Garten: Parque dos animais em alemão! Antigamente a família real passeava com os animais nele. Hoje apenas uma baita área verde no meio de Berlim;
- Reichtag: entramos e fomos até a cúpula. Vista interessante, mas não imperdível.
- Monumento ao Holocausto: tenso e muito fotogênico;
- Potsdamer Platz: no tempo do muro não tinha nada, agora o capitalismo tomou conta.




Führerbunker: apenas uma placa de onde acham que era o bunker do Hitler;
- Topographie des Terrors: vale a visita! Tenso também!
- Checkpoint Charlie: local clássico, também tem muita história. Algumas exposições na volta que ajudam a entender o que aconteceu alí;
- Gendarmenmarkt: uma praça, uma ópera bonita e dois Doms. Sem mais;
- Gedächtniskirche: famosa igreja destruída e não reconstruída. Capa do meu livro de alemão;
- Bikini Berlin: na frente da igreja. Se denominam o primeiro shopping conceitual do mundo. Bem, no coments!
- Olympia Stadium: o Führer esteve alí nas Olimpíadas de 1936 e viu um negro americano passar por cima da raça ariana dele. Talvez naquele lugar, em pé e puto da cara, ele decidiu ir ao ataque. Por que não? Ah...e lá também o Zidane cabeceou o Materazzi! 
- Ilha dos Museus: Perdão vô Riosi, mas não entramos no museus! Mas a Ilha e os prédios são bem legais!



- East Side Gallery: fantástico! Desenhos clássicos num muro que tem muita história! Inacreditável como um regime conseguiu construir e sustentar um muro dividindo uma cidade e famílias por 28 anos! Assustador e lamentável!
- Orla do Rio Spree: wunderdar como dizem aqui! Sensacional! Num dia bonito todo mundo sentado na grama, bares cheios, areia para simular uma praia, biquinizinhos, músicos de rua, bebinhas,... Baita curtição! Caminhamos da Hauptbahnhof (estação principal) até a ilha dos Museus! Exemplo de como aproveitar uma beira de rio!




E assim nos despedimos de Berlim! Baita cidade, ainda mais com tempo bom! Amanhã cedo juntamos as coisas e partimos para Copenhagem!!

domingo, 16 de setembro de 2018

België

Partimos de Amsterdam às 8:22 com destino a Antwerpen, a Cidade dos Diamantes. Também conhecida como Anvers pelos francófonos. Meu pai morou lá nos anos de 1991 e 1992 e eu, minha irmã e minha mãe passamos 3 meses.
Agora um pouco de história: um boato forte diz que o nome de Antwerpen veio da lenda do gigante Druon Antigoon que morava perto do Rio Escalda. Ele cobrava um pedágio para atravessar o rio e quem não pagasse, ele cortava uma das mãos e a atirava no rio. Até surgir o jovem herói Silvius "Le Coq" Brabo, que matou o gigante, cortou a mão e a atirou nas águas. Daí surgiu o nome da cidade "Arremessador de mãos". Parabéns ao Brabo!
Além de famosa por ter recebido a família Rios, Antwerpen também é conhecida por ter sido sede das Olimpíadas de 1920, a qual o Brasil ganhou a sua primeira medalha ouro, e por ser a cidade que o pintor Peter Paul Rubens morou boa parte de sua vida.
Chegamos por volta das 10:30 e fomos caminhando da estação (muito bonita) até o nosso Ibis pela Meir, principal rua da cidade. Largamos as malas, encontramos meus pais e fomos para a Groenplatz, entramos na Catedral, que foi construída no século XIV, passamos pela Grotemarkt, onde tem uma estátua do galo Brabo e finalizamos na beira do rio. No almoço tive a surpresa da chegada da minha irmã e do Rafa e fomos caminhar no Red Light District de Antwerpen e no museu MAS, inaugurado a pouco e que tem uma bela vista da cidade. A noite uma Koningen, cerveja tradicional da cidade, para relaxar.



No sábado pegamos um trem para Brugges, a Veneza do Norte. Que não quer dizer Bruxas como se pensa e, sim, ponte em holandês antigo. Como estava um baita dia, nós e o mundo resolvemos ir a Brugges. Caminhamos pelas ruas medievais pela manhã e ao meio dia fizemos um passeio de barco. Imperdível! Mais legal foi o nosso piloto, um velho lobo dos canais, que contou histórias pitorescas da cidade. Uma delas foi uma comparação que ele fez com Ghent, cidade próxima. Lá ele disse que a atmosfera é diferente, pois tem várias universidades e jovens. Em Brugges só tem uma universidade e com um curso, o de Padre. Mas disse que é um baita sucesso, possui 5 alunos!!



Por voltas das 15 horas pegamos um trem para Ghent a fim de visitar a obra dos irmãos Van Eyck, a Adoração do Cordeiro Místico. O quadro foi finalizado em 1432 e possui 24 painéis. Para quem já viu o filme Caçadores de Obras-Primas com o George Clooney deve se lembrar, pois é o tal quadro que eles vão atrás o filme todo. Ele ficou famoso porque já andou na mão de um monte de gente, os protestantes quiseram queimar, Napoleão passou as mãos, em 1816 o prefeito de Ghent vendeu uma parte, nas grandes guerras foi a vez dos alemães, até o George Clonney, o Matt Damon e seus amiguinhos recuperarem em 1945. Hoje ela está na Catedral de São Bavo.
Depois da visita aproveitamos para comer um chocolate no Leônidas e caminhamos pelo centro de Ghent que estava tendo um festival de rua. O centro é muito legal, cheio de igrejas, torres e na beira do rio têm degraus onde uma galera fica sentada tomando um álcool. À noite voltamos para Antwerpen.



Hoje foi um dia mais tranquilo. Domingo de sol, passamos na feira de final de semana, na frente do Ibis e do apartamento que morávamos, e fomos para o Stadpark caminhar um pouco. Depois voltamos pela Meir até a zona central da cidade que estava tomada de gente, músicos de rua, feiras, briques e tudo mais. No meio da tarde nos dirigimos para a estação, passando ainda no bairro dos judeus para ver as famosas trancinhas dos ortodoxos de Antwerpen.



Às 18:36 nos despedimos da família e pegamos um trem para Düsseldorf. Aí começou a odisséia que daria um outro texto. Resumindo: descemos em Leuven para trocar de trem, só tínhamos 4 minutos. Correria, mas missão cumprida! Entramos num trem para Welkenraedt lotadaço, a asa voando e tivemos que ficar em pé. A sorte que parou em Liege e uma galera desceu. Sentamos! Em Welkenraedt correria de novo para trocar para o trem para Aachen, já na Alemanha. Missão cumprida! 15 minutos depois, em Aachen, saímos correndo para pegar o último trem e vinagre! Chegamos 5 minutos atrasados e tivemos que esperar o outro trem para Düsseldorf. Às 21:51 embarcamos na última perna para o destino final. Foram mais 11 paradas e 1:50. No total foram 5 horas, 4 trens, 3 trocas, 18 paradas, uma câimbra na panturrilha, um chocolate estourado na bolsa da Clarissa e esse texto, mas foi legal! Muito bala! A Clarissa até disse que não foi muita batalha!
Amanhã ficaremos em Düsseldorf, o Esplendor do Reno! Tchüss!

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

The Netherlands

Iniciamos esta nova viagem pelos Países Baixos. Chegamos em Amsterdam na segunda dia 10/9 por volta do meio dia. Ficamos num Ibis um pouco afastado, na região de Amstelveen, mas fácil de chegar através do metro. O preço dos hotéis estava bem caro em Amsterdam e Berlim agora em setembro.
Deixamos as malas no hotel e voltamos para a Estação Central. Acho que é a sexta ou sétima vez que venho a Amsterdam, e toda vez que venho acho esse lugar do caralho! Sair da estação e olhar o canal e os prédios da volta é muito show! Bom, fomos direto no Red Light, onde não vi tantos Coffeeshops como antigamente, mas as janelas continuam com a luz vermelha expondo as suas beldades para todos os gostos. Ainda passamos na Dam Platz e na casa da Anne Frank.


No dia seguinte, mais descansados, andamos pelos principais pontos turísticos da cidade. Iniciamos na Museumplein com os museus do Van Gogh e Rijks, Vondelpark, Leidseplein, mercado de flores, Rembrandtplein, Rembrandthuis e finalizamos no pitoresco e animadinho Red Light. Mais para o final da tarde fizemos o clássico passeio de barco pelos canais, o qual descobri que o imposto para as casas à frente dos canais são calculados pela largura da fachada. Por isso as casas são estreitas e grandes para o fundo.


Em nosso terceiro dia, foi a vez de um passeio pelo interior. Fomos através de um pacote da Tours & Tickets, bem justo. Iniciamos pelos moinhos de Zaanse Schans! Estava um pouco friaca e uma chuvinha tocada a vento que dificultou a visita. Visitamos um moinho serrador e teve um carinha que explicou o funcionamento. Seguimos de lá para Marken, uma ilha de pescadores e fazedora de tamancos. Essa ilha tem um ponto interessante. A porta de entrada das casas fica no segundo andar por causa das inundações que eram comuns até a construção de um dique alguns anos atrás. O passeio terminou em Volemdam, a qual chegamos de barco. Outra cidadezinha clássica holandesa. Valeu a pena! Para finalizar o dia caminhamos da estação até a Museumplein.


No nosso último dia de Amsterdam, acordamos cedo e pegamos um trem para Utrecht. Cidade que fica a 25 minutos da capital e foi uma das primeiras cidades da Holanda fundada no século XI. Utrecht é sensacional! Tivemos sorte pelo baita dia de sol. Ela tem 7 universidades e um pouco mais de 300 mil habitantes! Possui uma área central clássica com canais, mas com um "pulo do gato". Há uma parte rebaixada na beira do rio com restaurantes! Assim é possível descer até o canal e curtir uma bela cervejas da água.


Depois de muita caminhada, pegamos o trem de volta a Amsterdam. Ainda deu tempo para alugar uma Black Bike por duas horas e tocar o terror por aquelas ciclovias! Meu Deus, tensão total! Tem que estar bem ligado para as bicicletas não passarem por cima de ti!


Próxima parada: België! Antwerpen, Brugge e Ghent!

sexta-feira, 30 de março de 2018

Cancún, Isla Mujeres e Chichén Itzá!


Vos escrevo diretamente do México! Passamos 6 dias nesse país da América do Norte. Como as férias eram curtas, optamos por visitar apenas Cancún e arredores.
Nossa viagem iniciou no sábado dia 24/3 às 1:30 da manhã! Pegamos um voo de Porto Alegre para a Cidade do Panamá e em seguida um outro voo para Cancún. Chegamos por volta do meio dia no Kristal Cancún, rico hotel no olho do furacão da cidade. O mapa da Zona Hotelera de Cancún é no formato de um 7 e tanto o nosso hotel, como os bares mais famosos, ficam na curva do 7. Apesar de só liberarem o quarto às 15hs, conseguimos aproveitar a praia da frente do hotel. Dos 6 dias, o primeiro e o último ficamos lagarteando nas areias de Cancún mesmo. Água azul daquelas e mar com “agitamento” de mulher perder o biquíni!


Dois outros dias fomos para Isla Mujeres, um pequeno paraíso na terra. Para chegar lá foi barbada, pegamos um ferry, com música ao vivo (Cielito lindo na ida e na volta) por U$ 19 por pessoa e com vários horários disponíveis para ir e voltar. Em um dos dias alugamos um carrinho de golf no final da tarde para ir até a ponta sul da ilha. Sinceramente, não vale muito a pena. O que vale mesmo é ficar na ponta norte: praia paradisíaca, cerveja gelada, barzinhos e tudo mais do seu imaginário. Existem alguns parques e passeios na ilha (e por toda a volta de Cancún), mas optamos por curtir a praia mesmo. O combinado foi um capitalismo light, sem parques temáticos!






Num outro dia pegamos um táxi e fomos a Praia del Carmen. Taxi caro, U$ 35 cada trecho. Foi legal para conhecer, tinha muito vento e a praia estava cheia. Acho que não tivemos muita sorte. A tal da 5ª Av. é bem legal! São varias quadras com lojinhas, bares e restaurantes.
Por fim, visitamos uma das Sete Maravilhas do mundo moderno! Chichén Itzá! Estávamos na dúvida se íamos de carro alugado ou excursão! Por medo de “mordidas” dos policiais mexicanos, optamos pela excursão (U$ 60 por cabeça)! Bela cagada fizemos.
Vícios normais de tudo que é passeio, disseram que nos pegariam às 7 da manhã de ônibus. Às 7:30 chegou uma van que depois passou em 4 hotéis e nos largou em um estacionamento. Lá pelas 8 chega o ônibus! Tamanho normal e de aparência requintada! Quando entramos eu mal conseguia sentar de tão apertado. Normalmente os ônibus possuem 40/45 lugares, este tinha 65! 65 seres humanos ultimate socados! Mas segue o baile, eram só 12 horas nele! Eis que entra o guia! Simpático, intercalando frases em inglês e espanhol e com uma camisa curta que deixava uma leve pança de fora. E o galo começou a discursar, disse que Tequila não é bebida tradicional mexicana, e sim espanhola. Que José Cuervo é dos Yankees! Não beba! Destruiu o mundo capitalista, mas queria nos vender repelente por U$ 10 (devido a uma epidemia de mosquitos em Chichén Itzá) e encheu o saco para comprar bugigangas do povo Maia da primeira parada. Pelo menos disse que o dinheiro seria usado para melhorar as escolas do povoado!
Depois de quase 3 horas paramos no tal pueblo! Fria total! Mais comercial impossível! Almoçamos por lá e tentaram nos vender uma consulta com um Xamã! Segundo o guia, o 4º melhor do México! Fico imaginando como deve ser o campeonato de Xamãs para o galo ter ficado em quarto, mas tudo bem! Segue o jogo! Tem que respeitar as crenças, mas o galo Xamã pareceu meio gozado!
Após esta batalha seguimos finalmente para o objetivo principal do passeio! Chichén Itzá! Ficamos duas horas e meia por lá! Todavia, não havia mosquitos, mas homo sapiens a dar com pau! Um outro guia ficou a metade do tempo explicando a história do lugar e a outra parte ficamos solitos para fazer fotos. Abaixo seguem alguns pontos que anotei:
  • Segundo eles, a maravilha do mundo na verdade é o Templo Kukulkan, pirâmide que aparece em todas as fotos, e não Chichén Itzá
  • Foi construida por volta de 973 d.c.
  • Tinha 4 funções: Religiosa, Matemática, Calendária e Astronômica
  • a cidade foi para o vinagre por volta de 1435, principalmente devido a má administração, antes do espanhóis chegarem
  • Os templos eram vermelhos, não consigo lembrar do motivo
  • A pirâmide não era uma tumba, como normalmente é
  • Os Maias tinham uma obsessão pelo Tempo
  • A pirâmide tem 4 faces = 4 estações
  • 91 degraus de escada de cada lado, ou seja, 364 dias + o topo, somando 365 dias do ano
  • Cada lado tem 9 plataformas com 6 quadrados em cada plataforma, 3 de cada lado da escada, com exceção da última plataforma que são duas de cada lado, totalizando 52 quadrados de cada lado = 52 semanas do ano. Cada quadrado fica iluminado em uma semana do ano
  • Se a gente bater várias palmas na frente da pirâmide, se escuta o som do pássaro Quetzal! E o mais lóki é que a National Geo gravou o som e comparou com o pássaro e é idêntico!
  • 21/6: 3 lados com luz
  • 21/12: 1 lado com luz
  • Em um determinado horário durante os equinócios se consegue enxergar, pelo reflexo da luz do sol, uma serpente descendo as escadas
  • Serpente era o Deus Maia mais importante
  • Quando os espanhóis chegaram viram o culto a Serpente (para Igreja Católica serpente = pecado). Queimaram 180 mil livros e quase toda a história Maia.




Para encerrar o passeio ainda passamos em dois lugares. Um Cenote! Para quem não sabe o que é (nós não sabíamos antes de vir para cá) é literalmente um buraco fundo com água cristalina e coisa e tal! Ficamos 50 minutos por lá, mas nós não entramos! Não era o foco!
Finalizando, paramos na cidade de Valladolid! Rica cidade! Clássica! Com a tradicional Plaza de Armas na frente da Igreja, com as terraças espanholas e casas coloridas! Nessa cidade filmaram vários filmes de Hollywood. Ela era bem grande séculos atrás, pois plantavam e fabricavam um tecido para roupas, mas quando inventaram o Nylon foi-se para a banha! Nos tempos atuais talvez proibissem o Nylon para não gerar desemprego!




Ainda demoramos duas horas e meia até chegar no hotel! Resumindo, o que valeu a pena foi Chichén Itzá e Valladolid! O resto não fez sentido para nós.
E hoje acabaram nossas vacaciones no México! Arriba México!!

PS: uma curiosidade não muito útil, nosso guia esclareceu o motivo de ter Plaza de Armas em tudo que é cidade! Um determinado Papa decretou que toda a Igreja Católica deveria ser protegida pelo exército. Então na frente de todas deveria ter uma praça para o exército ficar de tocaia! Sendo assim, se deu origem as Plazas de Armas! Na sua cidade as Igrejas mais antigas não possuem uma praça na frente?

PS2: Idioma Maia possui 25 vogais! Jumbotik = obrigado!