"Como é evidentemente muito dificil escrever a verdade, no interesse dela eu me permiti às vezes ir um pouco além ou ficar um pouco aquém."

Robert Capa (1913 - 1954)

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

København

Saímos de Berlim às 7:06 num trem para Hamburgo. Em um pouco mais de duas horas estávamos na estação e fizemos uma troca rápida de trem para Copenhague. Trem lotado, mas de alto calibre.
No caminho, o tempo já começou a mudar. O calor seco de Berlim virou um dia nublado e ventoso do norte da Europa.
E o trem foi andando, tchaca tchaca, e andando, tchaca tchaca...apareceram algumas ilhas. Refleti, oh...estamos chegando na Dinamarca. E lá foi o trem, tchaca tchaca...até que na janela só se via água ao lado e um baita vento. Águas agitadas! Pensei eu, bah...entrar nesse mar de barco deve ser uma aventura! Mas fiquei tranquilo, até porque estava num trem! Deu 5 minutos e toma o que te mandaram! O trem literalmente "embarcou" num barco. Entramos no Ferry Prisesse Benedikte! Desce todo mundo e subimos ao convés! Vendaval! Foram 45 minutos num balança mais não cai até embarcarmos no trem que desembarcou do Ferry e seguirmos viagem pelos trilhos.
Ainda teve tempo para uma inspeção rara de passaportes e a entrada de um cachorro infurecido cheirando tudo que é canto do trem.
Chegamos por volta das 15 horas e pensamos em ir a pé até o hotel Cabinn Scandinavia. Seriam 15 minutos de caminhada. Já estava chovendo, mas fomos em frente, só que na segunda quadra uma rajada de vento arrastou a mala da Clarissa. Bem-vindos a Escandinávia meus jovens, uma voz falou de revesgueio aos meus ouvidos! Resolvemos investir 11 euros em um táxi! 
Como estava chovendo fomos caminhando devagar. Iniciamos pelo Tivoli, um dos parques de diversão mais antigos do mundo em atividade. Entramos na praça de alimentação que é bem legal! Seguimos caminhando pela Stroget, rua de pedestre que nos levou até o Nyhavn (Porto novo). Sonho de muito tempo conhecer Nyhavn! Por causa do clima não tinha muita gente.



O sábado amanheceu com sol e frio. E de vez em quando caía umas pancadas de chuva. Saímos a caminhar...e caminhamos. Foram mais de 20km! Foco nos palácios e castelos, iniciando pelo Christianburg, que é o único lugar no mundo que fica a sede dos 3 poderes de um país. Depois fomos para Amalienborg e a Marble Church, principal residência da família real, no caso, a Rainha Margrethe II. De lá seguimos para a Citadela, uma das fortificações mais conservadas da Europa e passamos na Pequena Sereia de Edvard Eriksen.



À tarde cruzamos a ponte para visitar a Christiania, uma comunidade independente e autogerenciada. A área foi ocupada por hippies, artistas e músicos, em 1971, como uma forma de protesto. O pessoal foi ficando, criaram uma lei que permite o uso de drogas mais leves e acabou virando uma experiência social. Lá não existe polícia, tudo se decide em reuniões e a penalidade máxima, que é a expulsão, é decidida em conjunto. Eu pensava que era um lugar mais organizado, achei bem liquidado, sujo e as pessoas relativamente drogadas. Não era bem o que eu imaginava. 



No domingo praticamente voltamos a todos os lugares. Alugamos bicicletas e ficamos quase 3 horas pedalando. Fomos até a Ópera, a Black Diamong (Biblioteca), a Torre Redonda e ao Parque Rosenborg. Ficamos bastante tempo em Nyhavn e no cais ali perto. Apesar do frio, que na real está longe do padrão local, deu para aproveitar bem Copenhague. Baita cidade!!




Hoje acordamos cedo e pegamos um trem às 6:56 para Malmo na Suécia! Enquanto escrevo já fizemos a troca de trem em Malmo e estamos a caminho de Estocolmo!

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